Como não havia uma guerra declarada entre Israel e a Filístia, a permanência de Davi entre os estrangeiros podia, estritamente falando, ser justificada pelo fato de o ódio de Saul tê-lo levado ao exílio. Porém, na iminência da batalha, essa situação se torna insustentável, e Davi percebe isso. No entanto, ele continua seu jogo duplo, mostrando-se pronto a pegar em armas para combater Israel. Mas o Senhor, em Sua misericórdia, usa a desconfiança dos filisteus para livrar Davi da armadilha que ele mesmo criou para si.
Para o cristão, o mundo não é apenas um estrangeiro, mas um inimigo. Tanto suas ameaças quanto seus elogios são tão perigosos quanto suas manifestações de violência.
O homem que ficou famoso por matar dez mil filisteus esqueceu suas próprias vitórias. Mas seus inimigos, por outro lado, lembravam delas com amargura (v. 5; 21:11). E, se esquecermos a cruz e nosso testemunho anterior, certamente o mundo levantará o dedo e nos dirá: “Esse aí não era o cristão que pensava ser melhor que nós?”.
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