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Posso todas as coisas em Cristo que me fortalece.Filipenses 4:13

domingo, 31 de março de 2013

"...A saber, que Deus estava em Cristo, reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões, e nos confiou a palavra da reconciliação." (2 Coríntios 5.19)


O que significa o sangue de Jesus Cristo para você? Não se trata de pensar apenas de maneira abstrata sobre o assunto. É necessário que nossos corações sejam comovidos profundamente por esse fato, pois: "...sem derramamento de sangue não há remissão." A primeira e fundamental afirmação desse versículo se refere sem dúvida ao sacrifício expiatório do nosso Senhor Jesus. Mas, ao mesmo tempo, também se refere diretamente a nós. Será que realmente já nos demos conta do que a Bíblia entende pelo sangue de Jesus Cristo? Sangue e vida são unidos inseparavelmente. Muitas vezes consideramos o sangue de Jesus como um remédio que faz milagres. Mas, na verdade, através do derramamento do Seu sangue precioso Jesus realizou completa expiação!
Você sabe o tamanho da responsabilidade que temos quando aprendemos a conhecer o maravilhoso poder do sangue de Jesus, mas não estamos dispostos a arcar com as conseqüências de um discipulado sério? Pois o Senhor Jesus transpôs o abismo intransponível entre Deus e sua alma, por meio de Sua própria morte. Mas você, alguma vez, já cruzou essa ponte e exclamou de todo coração: "Meu Deus, estou decidido a ser Teu por toda a eternidade!"?

sábado, 30 de março de 2013

Pesquisa revela que 77% das pessoas atribuem a perda de valores à falta de leitura da Bíblia

Pesquisa revela que 77% das pessoas atribuem a perda de valores à falta de leitura da Bíblia
A falta de leitura da Bíblia é o motivo da perda de valores morais na sociedade norte-americana. Essa, é a opinião de 77% das pessoas entrevistadas pela “The State Of The Bible 2013 (em tradução livre, “O Estado da Bíblia em 2013”), uma pesquisa anual feita pela American Bible Society (ABS), equivalente nos Estados Unidos à Sociedade Bíblica do Brasil (SBB).
O relatório divulgado na última terça-feira, 26 de março, mostrou que a maioria dos norte-americanos acredita que a queda dos valores morais na sociedade se deve à falta de leitura da Bíblia.
A pesquisa constatou ainda que existe uma polarização a respeito do conteúdo bíblico: 66% dos entrevistados reconhecem na Bíblia uma fonte de conhecimento e orientação para a vida, enquanto que 58% dos entrevistados disseram não desejar aplicar a sabedoria bíblica em suas vidas.
O documento da ABS aponta ainda que 57% dos norte-americanos leem a Bíblia menos de cinco vezes ao ano, e detalha a posição a respeito do papel da Bíblia na sociedade e nos lares, mostrando que o livro ainda é um valor de forte influência nos Estados Unidos.
Entre as constatações da pesquisa, estão os fatos de que a Bíblia continua sendo o livro mais vendido nos EUA; 17% dos entrevistados disseram ter comprado ao menos um exemplar da Bíblia no último ano; 80% dos norte-americanos classificam a Bíblia como um livro sagrado; A média de Bíblias por lar é de 4,4 exemplares; 56% dos adultos entrevistados pela pesquisa creem que a Bíblia deveria ter um papel de maior destaque na sociedade norte-americana; e que a leitura da Bíblia proporcionou a adesão de seis milhões de pessoas ao cristianismo em 2012.
O presidente da ABS, Doug Birdsall resumiu as informações da pesquisa dizendo que falta prática do que se aprende com a Bíblia: “Os americanos na sua grande maioria reconhecem a decadência moral que vive o país [...] A falta de conexão entre a crença e a ação após a leitura da Bíblia é preocupante”, afirmou, antes de completar citando uma constatação da pesquisa: “A boa notícia é que a Bíblia é o melhor guia para obter instruções sobre como viver uma vida com princípios morais. Infelizmente, mais da metade dos norte-americanos raramente ou nunca a leem”.

"Porque a vida da carne está no sangue. Eu vo-lo tenho dado sobre o altar, para fazer expiação pelas vossas almas: porquanto é o sangue que fará expiação em virtude da vida." (Levítico 17.11)

Que palavra poderosa! Aqui o Espírito de Deus explica de que maneira Deus se reconciliou e se reconcilia conosco, e de que maneira nós, apesar dos nossos pecados, podemos chegar diante da santa face de Deus esperando ser reconciliados com Ele: pelo sangue derramado de Jesus. O sangue de Jesus Cristo é uma força poderosa! Tentemos imaginar o tamanho do poder eterno que havia no Seu sangue quando o Filho de Deus derramou Sua vida! E esse poder continua a existir até hoje! Em Mateus 27.50-52 este imponente acontecimento é descrito assim: "E Jesus, clamando outra vez com grande voz, entregou o espírito. Eis que o véu do santuário se rasgou em duas partes, de alto a baixo: tremeu a terra, fenderam-se as rochas, abriram-se os sepulcros e muitos corpos de santos, que dormiam, ressuscitaram." O que aconteceu sob a influência do derramamento do sangue do eterno Filho de Deus, em última análise, é algo inimaginável. Deus é motivado a fazer o máximo por nós, se pela fé reivindicamos o sangue de Jesus: Ele perdoa, Ele apaga o pecado! Ele reconhece o sangue expiatório do Seu Filho.

sexta-feira, 29 de março de 2013

"Então Elias tomou o seu manto, enrolou-o, e feriu as águas, as quais se dividiram para as duas bandas; e passaram ambos em seco." (2 Reis 2.8)

Elias propôs a Eliseu três vezes o caminho mais fácil: "Fica-te aqui" (vv. 2, 4 e 6). Mas a cada uma dessas propostas, Eliseu responde com santa determinação: "Tão certo como vive o Senhor e vive a tua alma, não te deixarei." Você também não quer dizer: "Eu não te deixo, Senhor, a não ser que me abençoes; eu quero estar unido a Ti na Tua morte; eu quero seguir contigo pelo Jordão; quero permanecer na cruz contigo"? Se você disser isso com convicção, experimentará coisas maravilhosas: o Elias celestial, Jesus Cristo, já preparou o caminho para você. Isso significa que, na prática, essa é uma atitude possível e viável, uma vez que Ele vai à sua frente aplainando o caminho. E quando você chegar ao outro lado, tome a santa decisão: quero seguir o caminho todo, quero andar pelo caminho estreito, escolho o caminho da morte de Jesus. Então Ele lhe abre toda a plenitude: "Havendo eles passado, Elias disse a Eliseu: Pede-me o que queres que eu te faça." Que imensa riqueza a morte de Jesus coloca à nossa disposição! Se você diz sim ao caminho proposto por Ele, Ele se aproxima de você e sussurra ao seu ouvido: "Peça o que você quiser e eu lhe darei!"

quinta-feira, 28 de março de 2013

"Disse-lhe, pois, Elias: Fica-te aqui, porque o Senhor me enviou ao Jordão. Mas ele disse: Tão certo como vive o Senhor e vive a tua alma, não te deixarei. E assim ambos foram juntos." (2 Reis 2.6)

O rio Jordão tem uma profunda simbologia na Bíblia. Ele representa a morte, a morte da vontade própria. Isso é um mistério espiritual. No mistério do Jordão, também está incluído o segredo de todo poder. Quando o Senhor resolve levar o profeta Elias ao céu, Eliseu segue a Elias, pois quer a todo custo receber poder para a penosa incumbência que o espera. Ele já havia sido escolhido pelo Senhor para ser o sucessor de Elias. E o caminho ao poder o conduz ao Jordão, pois Elias lhe diz: "...o Senhor me enviou ao Jordão." O inimigo faz de tudo para que Eliseu não siga decididamente a Elias através do Jordão. Seus colegas querem desviá-lo, mas ele responde duas vezes: "Também eu o sei; calai-vos." Você já notou como o inimigo tenta disfarçadamente desviar você do caminho estreito? Você já notou como ele tenta com todo tipo de artimanhas e astúcias desviá-lo de sua firmeza espiritual, impedi-lo de ir lado a lado com o Elias celestial que é Jesus Cristo, passando com Ele pelo Jordão da morte? Faça como Eliseu. Ordene ao tentador que se cale imediatamente, e firme-se no Senhor, mesmo que outros não mais acompanhem você. Elias e Eliseu estavam ambos diante do Jordão e o atravessaram. Muitos se põem ao longe, mas o verdadeiro crente segue o Elias celestial, Jesus Cristo, através do Jordão, identificando-se totalmente com Ele em Sua morte.

quarta-feira, 27 de março de 2013

Número de pessoas “sem religião” cresce no Brasil e preocupa líderes cristãos, diz pesquisador

Número de pessoas “sem religião” cresce no Brasil e preocupa líderes cristãos, diz pesquisador
A mudança social vivenciada pelo Brasil nos últimos anos não é protagonizada apenas pelo crescimento dos evangélicos no país, como atestou o Censo 2010, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O número de pessoas sem religião também cresceu notavelmente, e já incomoda instituições religiosas. “O movimento mais preocupante para a igreja não é o de quem muda de religião, mas o de quem simplesmente não se interessa por ela”, afirmou Dario Rivera, professor da Universidade Metodista de São Paulo, em entrevista à Folha de S. Paulo, enfatizando que essa tendência é mais forte entre os jovens.
As pessoas identificadas como sem-religião são categorizados em um grupo diferente de ateus, por exemplo. Estes não creem em Deus ou qualquer figura que seja adorada por alguma crença.
“O que nós estamos vendo é que, nos mesmos bairros de baixa renda onde há uma proliferação de igrejas pentecostais [evangélicas], uma quase colada na outra, há muita gente que diz não ter religião”, afirma Rivera, que coordena um grupo de pesquisa chamado Religião e Periferia na América Latina.
Segundo Dario Rivera, comunidades antes marcadas pela forte crença religiosa e maioria católica, como bairros rurais, favelas e periferias das grandes cidades, agora já abrigam um número razoável de pessoas que não aderem a nenhuma crença.
Essa mudança social tem revelado ainda, um relacionamento pragmático com a fé por parte dos habitantes desses locais, quase sempre pessoas de baixa renda: “A verdade é que essa é uma hipótese consensual que nunca foi testada”, diz o professor, que revela casos de pessoas que vão à igreja em busca de assistência, e uma vez com seus problemas solucionados, a frequência nos cultos se torna desnecessária.
Essa nova “prática religiosa” tem estimulado a migração de fiéis da Igreja Católica para igrejas pentecostais em geral, segundo André Ricardo de Souza, professor do Departamento de Sociologia da Universidade Federal de São Carlos (UFScar).
“Desse ponto de vista, a flexibilidade das igrejas evangélicas acaba fazendo com que elas abocanhem mais ovelhas desgarradas do rebanho católico. Além do discurso mais objetivo, como o uso de slogans do tipo ‘aqui o milagre acontece’, essas igrejas estão abertas todos os dias da semana, praticamente o dia todo. Você entra e resolve seu problema, enquanto a igreja católica da paróquia passa a maior parte do tempo fechada”, resume Souza.

"Pelo qual temos ousadia e acesso com confiança, mediante a fé nele." (Efésios 3.12)


Deus não pode ser experimentado através de nossos cinco sentidos, mas, sim, através da fé em Jesus Cristo. "Mesmo que meus sentimentos me digam mil vezes não, eu quero confiar na Tua Palavra!" Há muito eu teria naufragado se tivesse confiado nos meus sentimentos volúveis e nas minhas emoções muitas vezes destrutivas. Vivo pela fé, muitas vezes sem nada sentir, em meio às maiores tentações e tempestades, mas em comunhão ininterrupta com o Senhor. A fé é um mistério. Mas assim mesmo ela é maravilhosamente simples: ter fé é se entregar ao Senhor poderoso. Então se torna experiência pessoal o que o autor de um conhecido hino expressou da seguinte maneira: "Estou seguro nos seus braços, estou seguro no seu peito." Porém, essa segurança nos braços de Jesus, essa proximidade ao peito do Senhor só será uma experiência contínua em nossa vida através da leitura bíblica e da oração. Pela Bíblia, Deus fala a nós, e, por meio da oração, nós falamos a Ele.
No fundo é tudo muito simples: recebemos tudo o que Deus nos oferece por meio de Jesus Cristo, em uma confiança infantil, não com o intelecto, mas com o coração. O Senhor diz: "Dá-me, filho meu, o teu coração."Se você ainda não o fez, faça-o ainda hoje!

terça-feira, 26 de março de 2013

"Melhor é o fim das cousas do que o seu princípio." (Eclesiastes 7.8)

Estamos nos aproximando fatalmente do fim de nosso combate de fé! Olhe para Jesus! Ele foi o mais desprezado, cheio de dores, e soube o que era sofrer. Ele foi desprezado de tal maneira que as pessoas escondiam o rosto de diante dEle. E qual foi o fim desse caminho? Neste momento, Ele está assentado à direita de Seu Pai e tudo Lhe está sujeito. Da mesma maneira como Ele o foi assim também nós somos desprezados nesse mundo. Assim ensinam as Escrituras. Você deve carregar a cruz, se quiser receber a coroa. Você tem de passar pela escuridão para poder andar nas ruas de ouro do céu. Aquele que diz sim a Cristo, o crucificado, experimenta o fim da sua velha vida, e recebe uma nova vida, pois, se morrermos com Ele, também viveremos com Ele. "Melhor é o fim das cousas do que o seu princípio." Alegre-se pela graça de ter percorrido esse caminho, pois quando você acordar, será semelhante a Ele. O diamante bruto não tem boa aparência e não recebe valor, mas sendo polido deixa sua insignificância e passa a refulgir como um precioso diamante. Você pode se comparar a um precioso diamante. Pois você também fará parte da coroa do Rei dos Reis se você for um membro do corpo de Cristo.

Tão Grande Salvação

Pedro, apóstolo de Jesus Cristo, aos eleitos que são forasteiros da Dispersão no Ponto, Galácia, Capadócia, Ásia e Bitínia, eleitos, segundo a presciência de Deus Pai, em santificação do Espírito, para a obediência e a aspersão do sangue de Jesus Cristo, graça e paz vos sejam multiplicadas. Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que, segundo a sua muita misericórdia, nos regenerou para uma viva esperança, mediante a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, para uma herança incorruptível, sem mácula, imarcescível, reservada nos céus para vós outros que sois guardados pelo poder de Deus, mediante a fé, para a salvação preparada para revelar-se no último tempo. Nisso exultais, embora, no presente, por breve tempo, se necessário, sejais contristados por várias provações, para que, uma vez confirmado o valor da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro perecível, mesmo apurado por fogo, redunde em louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo; a quem, não havendo visto, amais; no qual, não vendo agora, mas crendo, exultais com alegria indizível e cheia de glória, obtendo o fim da vossa fé: a salvação da vossa alma. Foi a respeito desta salvação que os profetas indagaram e inquiriram, os quais profetizaram acerca da graça a vós outros destinada, investigando, atentamente, qual a ocasião ou quais as circunstâncias oportunas, indicadas pelo Espírito de Cristo, que neles estava, ao dar de antemão testemunho sobre os sofrimentos referentes a Cristo e sobre as glórias que os seguiriam. A eles foi revelado que, não para si mesmos, mas para vós outros, ministravam as coisas que, agora, vos foram anunciadas por aqueles que, pelo Espírito Santo enviado do céu, vos pregaram o evangelho, coisas essas que anjos anelam perscrutar. Por isso, cingindo o vosso entendimento, sede sóbrios e esperai inteiramente na graça que vos está sendo trazida na revelação de Jesus Cristo. Como filhos da obediência, não vos amoldeis às paixões que tínheis anteriormente na vossa ignorância; pelo contrário, segundo é santo aquele que vos chamou, tornai-vos santos também vós mesmos em todo o vosso procedimento, porque escrito está: Sede santos, porque eu sou santo. Ora, se invocais como Pai aquele que, sem acepção de pessoas, julga segundo as obras de cada um, portai-vos com temor durante o tempo da vossa peregrinação, sabendo que não foi mediante coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados do vosso fútil procedimento que vossos pais vos legaram, mas pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo, conhecido, com efeito, antes da fundação do mundo, porém manifestado no fim dos tempos, por amor de vós que, por meio dele, tendes fé em Deus, o qual o ressuscitou dentre os mortos e lhe deu glória, de sorte que a vossa fé e esperança estejam em Deus” (1 Pe 1.1-21).
O maior presente já concebido e concedido à humanidade é a redenção. Somente um Deus onisciente e onipotente poderia planejar e realizar a redenção dos seres humanos.
O maior presente já concebido e concedido à humanidade é a redenção. Somente um Deus onisciente e onipotente poderia planejar e realizar a redenção dos seres humanos. No primeiro capítulo de 1 Pedro, o Senhor nos lembra, através do apóstolo Pedro, que nossa redenção é baseada na graça, verdade e soberania de Deus.
Pedro escreveu esta epístola aos cristãos judeus e gentios, chamados “forasteiros da Dispersão (Diáspora) no Ponto, Galácia, Capadócia, Ásia e Bitínia” (1 Pedro 1.1).Eles eram peregrinos (forasteiros, residentes temporários), porque seu verdadeiro lar estava no céu.
Embora o artigo definido (a) esteja incluso antes da palavra dispersão (de + a Dispersão), ele não aparece no original grego. Sem o artigo definido, a construção indica qualidades ou características, em vez de apontar para uma identidade particular.
Apesar de a palavra diáspora referir-se normalmente ao povo judeu espalhado pelo mundo, aqui não é assim. Pedro omitiu o artigo definido no versículo 1, revelando que não estava aludindo especificamente aos cristãos judeus, mas a todos os cristãos espalhados pela Ásia Menor (atual Turquia).

Selecionados Para Salvação

Usando uma seleção cuidadosa de palavras, Pedro revelou como o Deus triúno garantiu a salvação.
Eleitos – Em primeiro lugar, Deus Pai selecionou aqueles que seriam salvos. Eles foram“eleitos, segundo a presciência de Deus Pai, em santificação” (v.2). Eleição refere-se ao ato soberano de Deus pelo qual Ele incondicionalmente escolheu homens e mulheres para Si mesmo. A escolha incondicional de Deus não foi baseada em qualquer mérito dos indivíduos, mas foi de acordo com Sua graça e a satisfação da Sua vontade.
Santificados – Em segundo lugar, os crentes são santificados pelo Espírito Santo (v.2). Ou seja, o Espírito Santo aplica os benefícios do sacrifício de Cristo a cada um, pelos quais somos purificados do pecado e separados para o serviço do Senhor.
Aspergidos – Em terceiro lugar, “a aspersão do sangue de Cristo” torna possível às pessoas a salvação e a purificação dos pecados, e capacita-as a viver em submissão obediente ao Senhor e à Sua Palavra.

O Sofrimento dos Santos

Esses novos crentes se alegraram em sua salvação e herança em Cristo. Ao mesmo tempo, eles foram “contristados por várias provações”, por causa da sua fé (v.6). Deus permite esses testes para revelar “a evidência genuína da fé”: “Para que, uma vez confirmado o valor da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro perecível, mesmo apurado por fogo, redunde em louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo; a quem, não havendo visto, amais” (vv.7-8).
Como o ouro precisa ser depurado em fogo para ser refinado e purificado, assim o fogo depurador das provações purifica a nossa fé.
Como o ouro precisa ser depurado em fogo para ser refinado e purificado, assim o fogo depurador das provações purifica a nossa fé. Uma fé que resiste às chamas da perseguição é verdadeiramente genuína. O resultado traz ao crente “louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo” – ou seja, reconhecimento e recompensa no retorno de Cristo para Sua igreja (v.7).
Embora Pedro tenha visto o Senhor Jesus fisicamente, ele estava escrevendo aos crentes que não O tinham visto. Estes amavam a Cristo por causa do que Ele tinha feito por eles (v.8). A fé cristã não é sustentada por uma visão física do Salvador, mas através de um relacionamento pessoal com Ele.
Além disto, eles se alegraram pela salvação “com alegria indizível e cheia de glória” (v.8). Ou seja, a alegria deles era tão grande que não havia palavras para expressar sua intensidade e a glória completa que experimentavam. Por causa do seu relacionamento de amor com Jesus Cristo, eles percebiam mais uma vez o objetivo da sua fé, que era a salvação de suas almas (v.9).

Investigando as Escrituras

Pedro encorajou esses crentes sofredores fazendo referência aos profetas hebreus: “Foi a respeito desta salvação que os profetas indagaram e inquiriram, os quais profetizaram acerca da graça a vós outros destinada” (v. 10). Séculos antes, o Espírito Santo havia revelado aos profetas (1) a “graça” de Deus que viria para os crentes (v.10); (2) “os sofrimentos referentes a Cristo” no momento da crucificação (v.11); e (3) “as glórias que os seguiriam” através da ressurreição, ascensão e entronização de Cristo (v.11).
Os profetas procuraram diligente e cuidadosamente entender seus próprios escritos. Eles não apenas indagaram e inquiriram o sentido de suas profecias, diz Pedro, mas também investigaram “qual a ocasião ou quais as circunstâncias oportunas, indicadas pelo Espírito de Cristo, que neles estava, ao dar de antemão testemunho sobre os sofrimentos referentes a Cristo e sobre as glórias que os seguiriam” (v.11). Ou seja, os profetas tentaram descobrir o tempo e as circunstâncias que o Espírito de Cristo estava indicando. O Espírito Santo revelou a esses profetas que a salvação sobre a qual eles haviam escrito não seria cumprida no tempo de vida deles, mas em uma época futura (v. 12).
Seres mais sábios que os profetas do Antigo Testamento, que são os anjos, “anelam perscrutar” vários aspectos da salvação (v.12). A palavra perscrutar descreve uma pessoa inclinada para frente, explorando e examinando algo seriamente e com atenção. Portanto, os santos anjos têm um desejo contínuo e intenso de compreender inteiramente o mistério envolvido na redenção da humanidade, que está fora da esfera da sua compreensão, porque anjos não experimentam a salvação.

A Mordomia dos Santos

Depois de transmitir uma base doutrinária para a fé desses novos crentes, Pedro revelou a responsabilidade que eles tinham de viver por Cristo: “Por isso, cingindo o vosso entendimento, sede sóbrios e esperai inteiramente na graça que vos está sendo trazida na revelação de Jesus Cristo. Como filhos da obediência, não vos amoldeis às paixões que tínheis anteriormente na vossa ignorância; pelo contrário, segundo é santo aquele que vos chamou, tornai-vos santos também vós mesmos em todo o vosso procedimento, porque escrito está : Sede santos, porque eu sou santo” (vv.13-16).
Nossa redenção foi adquirida através do sangue precioso de Cristo. Ela foi planejada na eternidade passada, porque Cristo estava predestinado antes da fundação do mundo para dar Sua vida como um sacrifício resgatador pelo pecado.
Primeiro, eles precisavam ter esperança referente à expectativa paciente da volta de Cristo e de todas as bênçãos como recompensa. Deveriam ter esperança na alegria que Cristo vai conceder aos crentes em Seu retorno. Ao escrever “cingindo o vosso entendimento”, Pedro nos diz para termos uma mentalidade ligada às Escrituras, que resulte em preparação para servir ao Senhor.
Segundo, ele disse para sermos sóbrios, significando que devemos manifestar autodisciplina e autocontrole. Os redimidos devem viver “como filhos da obediência”,evitando suas antigas práticas pecaminosas.
Além do mais, somos convocados a ser santos. O povo de Deus deve ter um padrão de vida digno dEle (v.15). Ele é infinitamente santo, e Seu propósito redentor é libertar a humanidade corrupta de toda forma de maldade, a fim de que as pessoas em qualquer lugar possam ser conformadas à imagem de Cristo (Roman 8.29).
Também temos que honrar a Deus. Os cristãos devem ter temor de Deus e prestar-Lhe a devida reverência, vivendo sua peregrinação na Terra em temor, porque Ele julgará suas obras (serviço) sem parcialidade no Julgamento do Trono de Cristo: “Ora, se invocais como Pai aquele que, sem acepção de pessoas, julga segundo as obras de cada um, portai-vos com temor durante o tempo da vossa peregrinação” (v.17).

Sacrifício Pelo Pecado

Pedro enumerou o grande custo da nossa salvação: “Sabendo que não foi mediante coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados do vosso fútil procedimento que vossos pais vos legaram, mas pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo” (vv.18-19).
Nossa redenção foi adquirida através do sangue precioso de Cristo. Ela foi planejada na eternidade passada, porque Cristo estava predestinado antes da fundação do mundo para dar Sua vida como um sacrifício resgatador pelo pecado. Esse plano foi revelado no fim dos tempos (v.20).
Provas do sacrifício redentor de Cristo pelos pecados foram vistas em Sua ressurreição (v.21). Seu ato redentor foi perfeito e confirmou-se quando Deus Pai “o ressuscitou dentre os mortos e lhe deu glória” (v.21). Isso aconteceu na ascensão e exaltação de Cristo até seu trono à direita do Pai.
Um dos propósitos fundamentais da redenção era dar aos crentes fé e esperança em Deus. A fé nos capacita a receber a redenção, e em esperança aguardamos a finalização da nossa redenção na Segunda Vinda de Cristo (v.21).
O escritor de Hebreus disse: “Como escaparemos nós, se negligenciarmos tão grande salvação?” (Hb 2.3). Coloque sua fé em Cristo agora, pois amanhã pode ser muito tarde.

segunda-feira, 25 de março de 2013

"Porque, quanto ao Senhor, seus olhos passam por toda a terra, para mostrar-se forte para com aqueles cujo coração é totalmente dele." (2 Crônicas 16.9)

A crescente aflição em nossos dias não se encontra nas grandes catástrofes, como terremotos, fomes e inundações por toda parte. Segundo o meu parecer, o perigo maior está no cristianismo dos tempos finais, que balança entre o sim a Jesus e o sim ao pecado, sendo jogado de um lado para outro, encontrando-se numa situação intermediária que pode ser fatal. O Senhor exaltado descreve essa situação nos denunciando, como segue: "Assim, porque és morno, e nem és quente nem frio, estou a ponto de vomitar-te da minha boca." Ser morno é um perigoso meio-termo. Este estado espiritualmente "em cima do muro" é inspirado pelo espírito do anticristo, que se propaga cada vez mais, e isso na medida em que se aproxima a vinda de Jesus, e assim o juízo final. Uma pergunta: você é um filho de Deus? Você responde: "Espero que sim". Ou: "Eu gostaria de sê-lo". Mas se você não pode dar uma resposta certa a essa pergunta clara, você não é nem uma coisa nem outra. Então você é o que o Senhor Jesus chama de "nem quente nem frio", isto quer dizer, nem incrédulo, nem crente fervoroso. Você, que ainda não é salvo: converta-se ainda hoje, pois evidentemente você não tem mais muito tempo!

sábado, 23 de março de 2013

"Inútil vos será levantar de madrugada, repousar tarde, comer o pão que penosamente granjeastes; aos seus amados ele o dá enquanto dormem." (Salmo 127.2)

Este versículo de Salmos não apenas diz que é melhor dormir "pra valer" do que vigiar preguiçosamente, mas diz também algo bem diferente. Eu não sei se alguma vez você já se preocupou em saber o que a Bíblia diz sobre o sono. Não é verdade que o sono serve apenas para a restauração física. Neste texto: "...aos seus amados ele o dá enquanto dormem" reconhecemos uma função muito mais profunda do sono do que exclusivamente o restabelecimento físico. O sono é uma dádiva celestial de Deus. Aos poucos, o sono desliga a nossa consciência. Ao mesmo tempo, Deus se volta para a vida psíquica inconsciente, onde só Ele e Seus anjos têm acesso. Por isso é recomendável que, ao se deitar para descansar, você leve em consideração o Salmo 63.6: "...no meu leito, quando de ti me recordo, e em ti medito, durante a vigília da noite." Em outras palavras, permita que sua alma esteja junto com o Senhor! Entregue a Ele sua vida, pedindo que Ele lhe dê Sua paz enquanto você dorme. Então a amorosa mão criadora do seu Salvador fará um profundo e extenso trabalho de edificação em sua alma, em seu espírito e em seu corpo.

sexta-feira, 22 de março de 2013

"...E, despojando os principados e as potestades, publicamente os expôs ao desprezo, triunfando deles na cruz." (Colossenses 2.15)

Não erramos ao constatar que nossas tentações e provações, tanto no sentido físico como na área emocional se intensificam grandemente nos últimos tempos. E nem pode ser de outra forma, pois, com a aproximação da vinda do Senhor, as ondas da atmosfera celestial se movimentam em direção à terra. Assim "os principados e potestades... dominadores deste mundo tenebroso ...as forças espirituais do mal nas regiões celestes" (Ef 6.12) têm cada vez menos espaço e são tomados de claustrofobia, se rebelam contra essa situação, porém continuam sendo os senhores do espaço físico aéreo. Esses movimentos no mundo invisível são percebidos especialmente pelos santos em Cristo. Agora urge mais do que nunca direcionar firme e constantemente nosso olhar cheio de fé para nosso Senhor Jesus. Como membros da Igreja de Jesus, estamos hoje muito próximos da nossa transformação e arrebatamento. Em vão, Satanás se opõe a isso, e por essa razão os verdadeiros filhos de Deus se encontram progressivamente em fortes tentações e provações. Mas seja confiante e resoluto, pois a eterna transformação da nossa personalidade espiritual está por acontecer quando Jesus vier! Continue firme! Pois assim diz o Senhor: "...aquele, porém, que perseverar até o fim, esse será salvo."

quinta-feira, 21 de março de 2013


Cinco Razões Porque Amamos Israel

Por que amamos e apoiamos Israel? A Palavra de Deus nos fornece muito mais do que cinco razões para ficar do lado do povo judeu, mas vamos focar nossa atenção nas que consideramos as mais significativas.
Lemos acerca do centurião de Cafarnaum: “Tendo Jesus concluído todas as suas palavras dirigidas ao povo, entrou em Cafarnaum. E o servo de um centurião, a quem este muito estimava, estava doente, quase à morte. Tendo ouvido falar a respeito de Jesus, enviou-lhe alguns anciãos dos judeus, pedindo-lhe que viesse curar o seu servo. Estes, chegando-se a Jesus, com instância lhe suplicaram, dizendo: Ele é digno de que lhes faças isto, porque é amigo do nosso povo, e ele mesmo nos edificou a sinagoga. Então, Jesus foi com eles. E, já perto da casa, o centurião enviou-lhe amigos para lhe dizer: Senhor, não te incomodes, porque não sou digno de que entres em minha casa. Por isso, eu mesmo não me julguei digno de ir ter contigo; porém, manda com uma palavra, e o meu rapaz será curado. Porque também eu sou homem sujeito à autoridade, e tenho soldados às minhas ordens, e digo a este: vai, e ele vai; e a outro: vem, e ele vem; e ao meu servo: faze isto, e ele o faz. Ouvidas estas palavras, admirou-se Jesus dele e, voltando-se para o povo que o acompanhava, disse: Afirmo-vos que nem mesmo em Israel achei fé como esta. E, voltando para casa os que foram enviados, encontraram curado o servo” (Lc 7.1-10).
O testemunho impressionante e unânime acerca desse centurião romano e de seu comportamento foi considerado singular por Jesus. O status social e a profissão desse homem não o impediam de acolher Israel de forma especial em seu coração. Obviamente essa era apenas uma conseqüência de sua convicção interior de que o Deus de Israel era o Deus verdadeiro. Esse homem vivia e trabalhava em Israel e observava o povo, sua cultura e sua religião. O fato de ele ter mandado chamar Jesus em uma situação de angústia apenas comprova que o Espírito Santo também trabalhava nos corações de não-judeus, iluminando e conduzindo-os a Cristo. Mesmo os soldados durões e experimentados que crucificaram e vigiaram Jesus reconheceram nEle alguém extraordinário: “O centurião e os que com ele guardavam a Jesus, vendo o terremoto e tudo o que se passava, ficaram possuídos de grande temor e disseram: Verdadeiramente este era Filho de Deus” (Mt 27.54).
Em Atos dos Apóstolos, alguns anos depois de Pentecostes, encontramos o relato detalhado da conversão de Cornélio. Através da direção especial de Deus, o apóstolo Pedro foi enviado até esse centurião romano em Cesaréia. Ele também proclamava abertamente, junto com toda a sua casa, sua cordial simpatia pelo povo judeu. Dava muitas esmolas e orava a Deus “de contínuo” (At 10.2). Pedro, especialmente autorizado, abriu ali a porta para os gentios, e então podemos ler acerca da primeira conversão real de um gentio a Cristo na era da Igreja. Nesse evento, o amor por Israel é mencionado e salientado bem claramente. Hoje isso nos desafia a pensar mais profundamente sobre o assunto.

1. Jesus descende de Israel

Em Apocalipse 5.5 somos mais uma vez confrontados com a identidade de Jesus: “...eis que o Leão da tribo de Judá, a Raiz de Davi, venceu...”
Não é em vão que encontramos na Bíblia muitas genealogias cuidadosamente registradas, que retrocedem milhares de anos até Adão. Isso é único entre todas as nações do mundo. E essas genealogias permitem pesquisar a ascendência de Jesus. Logo no início do Novo Testamento, no Evangelho de Mateus, José, o marido de Maria, é listado como descendente de Davi. Sua linhagem passa pelo filho de Davi, o rei Salomão, e começa com Abraão. Em Lucas 3.23-38 a genealogia começa com José, filho de Eli, e não como em Mateus 1.16, onde ele é “filho de Jacó”. Ele se tornou “Filho de Eli” (genro) por meio de seu casamento com Maria. E essa linhagem passa por Natã, mais um filho de Davi, pelo próprio Davi até chegar a Adão, documentando a origem de Maria como “filha de Davi”. Esses são fatos inegáveis. Assim, as tentativas de negar a origem judaica de Jesus Cristo durante o domínio nazista eram ridículas. Mas, em nossos dias também se ouvem teses semelhantes da parte de líderes palestinos e islâmicos, que revisam a História e tentam converter Abraão ao islamismo mesmo 4.000 anos depois de sua morte e procuram fazer de Jesus um palestino. Paulo confirma: “com respeito a seu Filho, o qual, segundo a carne, veio da descendência de Davi” (Rm 1.3). E em Romanos 9.5 ele fala dos judeus: “deles são os patriarcas, e também deles descende o Cristo, segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito para todo o sempre. Amém!”.
A vida de Jesus transcorreu em lugares e lugarejos que, em sua maioria, podem ser facilmente identificados e localizados em Israel: Belém, o rio Jordão, Nazaré, Cafarnaum, Tabgha (lugar da multiplicação dos pães e peixes), Jerusalém e o monte das Oliveiras, o tanque de Betesda e o recém descoberto tanque de Siloé, o monte do Templo, o vale de Cedrom e, do outro lado, a cidadezinha de Betânia. Nos últimos anos foram descobertas algumas pedreiras antigas em Jerusalém, de onde o rei Herodes mandou quebrar as enormes pedras, típicas de suas construções e usadas na majestosa restauração do Templo judeu. E depois de décadas de busca, o arqueólogo judeu Ehud Netzer descobriu o sepulcro de Herodes no lado sul do Herodium, o monte artificial localizado ao sul de Jerusalém e Belém. Toda essa área fazia parte da antiga região pertencente às dez tribos de Israel.
Em Apocalipse 5.5 somos mais uma vez confrontados com a identidade de Jesus: “...eis que o Leão da tribo de Judá, a Raiz de Davi, venceu...”
Saber que Jesus foi um judeu legítimo, que viveu e ministrou em Israel, não seria razão mais do que suficiente para amar esse povo?

2. Toda a Bíblia vem de Israel

Toda a Bíblia vem de Israel.
Qual é, pois, a vantagem do judeu? Ou qual a vantagem da circuncisão? Muita, sob todos os aspectos. principalmente porque aos judeus foram confiados os oráculos de Deus” (Rm 3.1-2). Na Carta aos Romanos, tão rica em ensinamentos e tão fundamental à fé cristã, Paulo enfatiza a exclusividade de Israel como detentor e veículo da revelação do único Deus verdadeiro, mesmo na era da Igreja. O próprio Jesus testificou à samaritana no poço de Jacó: “Vós adorais o que não conheceis; nós adoramos o que conhecemos, porque a salvação vem dos judeus” (Jo 4.22). O próprio Deus estabeleceu que assim fosse, e a nós só cabe aceitá-lo ou rejeitá-lo. O escritor da Carta aos Hebreus traça a linha que conecta os profetas do Antigo Testamento com a revelação divina definitiva em Jesus e por meio de Jesus: “Havendo Deus, outrora, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, nestes últimos dias, nos falou pelo Filho...” (Hb 1.12a). Mesmo que os teólogos modernos e os ateus tentem provar o contrário – o testemunho do apóstolo Pedro sublinha a veracidade das Sagradas Escrituras: “sabendo, primeiramente, isto: que nenhuma profecia da Escritura provém de particular elucidação; porque nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana; entretanto, homens santos falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo” (2 Pe 1.20-21). Não esqueçamos: todos esses homens santos eram de Israel, eram judeus (exceto Lucas).
É a Bíblia que contém informações tão particularmente importantes, sem as quais interpretaríamos todo o nosso mundo de forma incorreta e estaríamos perdidos em meio às religiões, filosofias e ao intelectualismo que nos rodeia. Ela fala claramente acerca da origem da terra e de todo o Universo: “porque, em seis dias, fez o Senhor os céus e a terra, o mar e tudo o que neles há e, ao sétimo dia, descansou; por isso, o Senhor abençoou o dia de sábado e o santificou” (Êx 20.21). “Graças te dou, visto que por modo assombrosamente maravilhoso me formaste; as tuas obras são admiráveis, e a minha alma o sabe muito bem” (Sl 139.14). “Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder, como também a sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que foram criadas. Tais homens são, por isso, indesculpáveis” (Rm 1.20). Essas declarações nos provocam e nos desafiam a tomar posição. No decorrer dos milênios, declarações assim causaram perseguições cruéis e discriminação de judeus e cristãos. Mas continuará a ser verdade para sempre: “Porque todos os deuses dos povos são ídolos; o Senhor, porém, fez os céus” (1 Cr 16.26).
Por isso, está em curso uma grande guerra para apagar essa clara luz que vem da Bíblia via Israel, para riscar Israel do mapa e para intimidar e desanimar os cristãos. Mas, no final, o que está em jogo é a perdição eterna ou a salvação eterna: “como escaparemos nós, se negligenciarmos tão grande salvação? A qual, tendo sido anunciada inicialmente pelo Senhor, foi-nos depois confirmada pelos que a ouviram; dando Deus testemunho juntamente com eles, por sinais, prodígios e vários milagres e por distribuições do Espírito Santo, segundo a sua vontade” (Hb 2.3-4). Essa confirmação especial por meio de milagres, sinais e distribuições especiais do Espírito Santo aconteceu por intermédio dos apóstolos judeus em Israel e nos arredores. O próprio Jesus, depois de Sua ressurreição, salientou a veracidade e a precisão profética dos “oráculos de Deus”: “A seguir, Jesus lhes disse: São estas as palavras que eu vos falei, estando ainda convosco: importava se cumprisse tudo o que de mim está escrito na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos. Então, lhes abriu o entendimento para compreenderem as Escrituras; e lhes disse: Assim está escrito que o Cristo havia de padecer e ressuscitar dos mortos no terceiro dia e que em seu nome se pregasse arrependimento para remissão de pecados a todas as nações, começando de Jerusalém” (Lc 24.44-47). Isso significa que um fio condutor se estende desde Adão e Eva, vai passando por toda a Bíblia, indicando a Cristo e conduzindo a Jesus: “Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas mesmas que testificam de mim” (Jo 5.39).

3. Os judeus – uma prova da existência de Deus

Apesar de tudo o que Israel fez, Deus não o rejeitará. “Assim diz o Senhor: Se puderdes invalidar a minha aliança com o dia e a minha aliança com a noite, de tal modo que não haja nem dia nem noite a seu tempo, poder-se-á também invalidar a minha aliança com Davi, meu servo...” (Jr 33.20-21).
Pois assim diz o Senhor dos Exércitos: Para obter ele a glória, enviou-me às nações que vos despojaram; porque aquele que tocar em vós toca na menina do seu olho” (Zc 2.8). A maioria das traduções bíblicas diz que aqui se trata da menina do olho de Deus. Isso significa que Israel tem uma posição especialmente escolhida diante de Deus. Até o mago e sacerdote pagão Balaão foi obrigado a reconhecer esse fato. Ele havia sido incumbido de amaldiçoar Israel pelo rei moabita Balaque. Balaão declarou: “Como posso amaldiçoar a quem Deus não amaldiçoou? Como posso denunciar a quem Deus não denunciou? Pois do cimo das penhas vejo Israel e dos outeiros o contemplo: eis que é povo que habita só e não será reputado entre as nações” (Nm 23.8-9). Alguns versículos adiante, Balaão revela ainda mais: “Eis que para abençoar recebi ordem; ele abençoou, não o posso revogar. Não viu iniqüidade em Jacó, nem contemplou desventura em Israel; o Senhor, seu Deus, está com ele, no meio dele se ouvem aclamações ao seu Rei. Deus os tirou do Egito; as forças dele são como as do boi selvagem. Pois contra Jacó não vale encantamento, nem adivinhação contra Israel; agora, se poderá dizer de Jacó e de Israel: Que coisas tem feito Deus!” (vv.20-23). Em outras passagens bíblicas lemos que a situação de Israel daquela época nem era tão boa assim. Mas o amor de Deus cobria tudo, Ele “não viu iniqüidade em Jacó, nem contemplou desventura em Israel”. No Novo Testamento encontramos algo semelhante em Efésios 5.27: “para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, porém santa e sem defeito”. Por meio do sacrifício perfeito de Jesus, segundo nossa posição nEle, podemos estar perfeitos diante de Deus, mesmo que nossa situação geralmente seja outra.
Infelizmente, muitos cristãos não ouvem falar nada de bom sobre Israel em suas igrejas. A fidelidade de Deus e Suas promessas para Israel são deixadas de lado. Mas então, como interpretar versículos como estes: “Assim diz o Senhor, que dá o sol para a luz do dia e as leis fixas à lua e às estrelas para a luz da noite, que agita o mar e faz bramir as suas ondas; Senhor dos Exércitos é o seu nome. Se falharem estas leis fixas diante de mim, diz o Senhor, deixará também a descendência de Israel de ser uma nação diante de mim para sempre. Assim diz o Senhor: Se puderem ser medidos os céus lá em cima e sondados os fundamentos da terra cá embaixo, também eu rejeitarei toda a descendência de Israel, por tudo quanto fizeram, diz o Senhor. Eis que vêm dias, diz o Senhor, em que esta cidade será reedificada para o Senhor, desde a Torre de Hananel até à porta da Esquina. Assim diz o Senhor: Se puderem ser medidos os céus lá em cima e sondados os fundamentos da terra cá embaixo, também eu rejeitarei toda a descendência de Israel, por tudo quanto fizeram, diz o Senhor” (Jr 31.35-37). A lógica é bem simples: apesar de tudo o que Israel fez, Deus não o rejeitará. E para que tenhamos absoluta certeza, Ele chega a colocar em jogo as grandezas e as ordens cósmicas! “Assim diz o Senhor: Se puderdes invalidar a minha aliança com o dia e a minha aliança com a noite, de tal modo que não haja nem dia nem noite a seu tempo, poder-se-á também invalidar a minha aliança com Davi, meu servo...” (Jr 33.20-21). Enquanto o homem não puder lançar o sol e os planetas para fora de suas órbitas, o plano especial de Deus com Israel manterá sua validade. Jesus é fiador dessa garantia: “Em verdade vos digo que não passará esta geração sem que tudo isto aconteça” (Mt 24.34). Esta geração, estalinhagem dos judeus não se extinguirá sem que Deus cumpra todos as promessas que lhes fez.
Simplesmente é parte da estratégia divina e de Seu plano de salvação escolher um povo como instrumento especial: “Não vos teve o Senhor afeição, nem vos escolheu porque fôsseis mais numerosos do que qualquer povo, pois éreis o menor de todos os povos” (Dt 7.7). A Igreja do Novo Testamento é descrita de forma semelhante: “Deus escolheu as coisas humildes do mundo, e as desprezadas, e aquelas que não são, para reduzir a nada as que são; a fim de que ninguém se vanglorie na presença de Deus” (1 Co 1.28-29).
No decorrer dos séculos, percebemos a fidelidade e a bondade de Deus para com o povo de Israel. Muitas vezes Ele impediu que Israel fosse completamente exterminado: pelo Faraó egípcio, por Balaão, por Hamã no tempo da rainha Ester, pelos romanos, pela Inquisição católica, pela Alemanha nazista e pelo islã. E no final Ele também impedirá que Israel venha a ser aniquilado pelo Anticristo. Deus interferiu repetidamente e continuará interferindo em favor de Seu povo Israel. Toda a História desse povo, tanto em seus aspectos negativos como positivos, é uma prova inequívoca da existência de Deus!

4. Israel é o ponteiro no relógio mundial de Deus

Não tenhamos ilusões: vivemos em um mundo perdido. Segundo o “calendário profético”, os tempos das nações se encaminham para seu final.
Ouvi a palavra do Senhor, ó nações, e anunciai nas terras longínquas do mar, e dizei: Aquele que espalhou a Israel o congregará e o guardará, como o pastor, ao seu rebanho” (Jr 31.10). Baseados na profecia bíblica sabemos que o reaparecimento de Israel no cenário político mundial dá a largada para os juízos apocalípticos sobre o mundo todo. Hoje quase ninguém mais defende o direito de Israel à sua antiga pátria, já que esse direito está intrinsecamente ligado com a Bíblia e com o Deus de Israel. O último bastião que resta são os cristãos bíblicos. E mesmo em seu meio é triste observar que muitos estão inseguros porque dão ouvidos a teorias conspiratórias e nutrem um ilusório anseio amilenista. Este último é um efeito colateral negativo da Reforma Protestante de 500 anos atrás, quando a Igreja foi colocada no lugar de Israel.
Em todo o conflito no Oriente Médio, o que está em jogo mesmo é o conflito entre o islã e a Sagrada Escritura. Uma vez que tanto judeus como cristãos estão ligados à Bíblia, nesse confronto estamos juntos no mesmo barco. No profeta Isaías vemos o mundo todo sendo avisado: “Eis que eu farei de Jerusalém um cálice de tontear para todos os povos em redor...” (Zc 12.2). Jerusalém dividirá as opiniões, e o mundo cada vez mais ímpio prefere simpatizar com os palestinos do que com os judeus. Nesse contexto, especialmente no mundo islâmico vivenciamos cada vez mais o que diz o Salmo 83.4: “Dizem: Vinde, risquemo-los de entre as nações; e não haja mais memória do nome de Israel”.
Como cristãos que querem se manter fiéis à Bíblia, somos vigilantes e reconhecemos o aspecto judaico do Armagedom apocalíptico: “Eis que, naqueles dias e naquele tempo, em que mudarei a sorte de Judá e de Jerusalém, congregarei todas as nações e as farei descer ao vale de Josafá; e ali entrarei em juízo contra elas por causa do meu povo e da minha herança, Israel, a quem elas espalharam entre os povos, repartindo a minha herança entre si” (Jl 3.1-2). A política global da ONU em relação a Israel e aos cristãos é descrita acertadamente no Salmo 2: “Por que se enfurecem os gentios e os povos imaginam coisas vãs? Os reis da terra se levantam e os príncipes conspiram contra o Senhor e contra o seu Ungido...” (vv.1-2). O mundo está se tornando cada vez mais anti-semita e anticristão. Nossas tão valorizadas democracias ocidentais começaram a criminalizar e classificar os crentes verdadeiros como perigosos. A isso soma-se uma tolerância doentia em nome da não-discriminação bem como uma imoralidade vergonhosa, que beira a perversão. A sociedade de consumo está disposta a pagar um alto preço pela garantia de uma vida confortável, mas está podre como uma fruta prestes a cair do pé. Sem o temor de Deus, as antigas e abençoadas democracias cristãs transmutam-se, pela aterradora decadência de seus valores e pela perda de suas virtudes, em uma Babilônia madura para o juízo, com o prenome de Sodoma. Ulrich W. Sahm aponta conexões interessantes em relação às revoltas no mundo árabe: “O pequeno Satã chamado Israel até hoje havia sido um baluarte que, com sua luta contra os islâmicos, protegia também a Europa. Agora existe a ameaça de um cenário imprevisível...” Quanto mais a Europa e, em parte os Estados Unidos, se distanciarem de Israel, mais as coisas irão ladeira abaixo – de uma crise a outra, de uma catástrofe natural a outra e de um ataque criminoso a coisas cada vez piores! Até...
Porque não quero, irmãos, que ignoreis este mistério (para que não sejais presumidos em vós mesmos): que veio endurecimento em parte a Israel, até que haja entrado a plenitude dos gentios” (Rm 11.25). A salvação de pessoas através da proclamação mundial do Evangelho está entrelaçada com a restauração espiritual de Israel.
Cairão ao fio da espada e serão levados cativos para todas as nações; e, até que os tempos dos gentios se completem, Jerusalém será pisada por eles” (Lc 21.24). Jerusalém serve de parâmetro no fim dos tempos. Uma vez que Israel, há 63 anos, já se encontra novamente no rol de nações, a pressão inimiga cresce mais e mais. Até no governo israelense ouvem-se vozes afirmando que o Estado de Israel jamais se sentiu tão ameaçado como atualmente. Todos os levantes e revoltas populares em diversos países árabes poderiam ser um tiro pela culatra, transformando-se em uma grande explosão contra Israel. Não tenhamos ilusões: vivemos em um mundo perdido. Segundo o “calendário profético”, os tempos das nações se encaminham para seu final.
Declaro-vos, pois, que, desde agora, já não me vereis, até que venhais a dizer: bendito o que vem em nome do Senhor!” (Mt 23.39). Em meio a todos os processos e desenvolvimentos em andamento e em meio a todos os focos de perigo, Israel será dirigido inexoravelmente a uma situação tão sem saída que somente lhe restará clamar pela intervenção divina.

5. O futuro da Igreja está intimamente ligado ao futuro de Israel

É muito significativo que a volta de Cristo esteja relacionada a um local bem concreto: o monte das Oliveiras em Jerusalém. Por que justamente Jerusalém, já que, segundo a opinião de muitas denominações e igrejas cristãs, Deus não tem nenhum plano especial com Israel no futuro?
É muito significativo que a volta de Cristo esteja relacionada a um local bem concreto: o monte das Oliveiras em Jerusalém. Por que justamente Jerusalém, já que, segundo a opinião de muitas denominações e igrejas cristãs, Deus não tem nenhum plano especial com Israel no futuro?
Em Atos dos Apóstolos lemos os anjos dizendo aos discípulos: “Varões galileus, por que estais olhando para as alturas? Esse Jesus que dentre vós foi assunto ao céu virá do modo como o vistes subir. Então, voltaram para Jerusalém, do monte chamado Olival, que dista daquela cidade tanto como a jornada de um sábado” (At 1.11-12). E o profeta Zacarias explica:“Naquele dia, estarão os seus pés sobre o monte das Oliveiras, que está defronte de Jerusalém para o oriente; o monte das Oliveiras será fendido pelo meio... então, virá o Senhor, meu Deus, e todos os santos com ele” (Zc 14.4-5). Juntamente com todos os santos do Antigo Testamento seremos levados pelo Senhor dos Senhores ao monte das Oliveiras em Jerusalém, em Israel.
No final do último livro do Novo Testamento, a Jerusalém celestial desce do céu à terra:“Tinha grande e alta muralha, doze portas, e, junto às portas, doze anjos, e, sobre elas, nomes inscritos, que são os nomes das doze tribos dos filhos de Israel” (Ap 21.12). Portanto, também no Novo Testamento somos lembrados de que os nomes das doze tribos de Israel estarão gravados nos portões da cidade divina, juntamente com os nomes dos doze apóstolos de Israel: “A muralha da cidade tinha doze fundamentos, e estavam sobre estes os doze nomes dos doze apóstolos do Cordeiro” (Ap 21.14). Esse é o cumprimento da promessa feita por meio do profeta Isaías: “Porque, como os novos céus e a nova terra, que hei de fazer, estarão diante de mim, diz o Senhor, assim há de estar a vossa posteridade e o vosso nome” (Is 66.22). Isaías não fala da Igreja; ele está falando do futuro de Israel – o que qualquer leitor “comum” da Bíblia compreenderá, bastando ler o contexto.
Nos últimos dias, acontecerá que o monte da Casa do Senhor será estabelecido no cimo dos montes e se elevará sobre os outeiros, e para ele afluirão todos os povos. Irão muitas nações e dirão: Vinde, e subamos ao monte do Senhor e à casa do Deus de Jacó, para que nos ensine os seus caminhos, e andemos pelas suas veredas; porque de Sião sairá a lei, e a palavra do Senhor, de Jerusalém” (Is 2.2-4). Que visão grandiosa do reino de paz – que terá sua sede em Jerusalém, no monte Sião!
E para o nosso Deus os constituíste reino e sacerdotes; e reinarão sobre a terra” (Ap 5.10).Aqui são mencionados os salvos bem como seu futuro ministério, que partirá de Sião. Por isso, crentes realmente fiéis à Palavra também são sionistas cristãos, uma vez que sua visão profética é acurada e porque eles crêem no futuro reino de paz. Eles defendem Israel e seu direito à terra que Deus lhe prometeu, defendem seu direito à sua pátria, à Terra de Israel. E os palestinos e não-judeus que hoje vivem lá? Nessa questão a Palavra do Senhor é bem clara e indica o rumo que as coisas tomarão: “Assim diz o Senhor acerca de todos os meus maus vizinhos, que se apoderaram da minha herança, que deixei ao meu povo Israel: Eis que os arrancarei da sua terra e a casa de Judá arrancarei do meio deles. E será que, depois de os haver arrancado, tornarei a compadecer-me deles e os farei voltar, cada um à sua herança, cada um à sua terra. Se diligentemente aprenderem os caminhos do meu povo, jurando pelo meu nome: Tão certo como vive o Senhor, como ensinaram o meu povo a jurar por Baal, então, serão edificados no meio do meu povo. Mas, se não quiserem ouvir, arrancarei tal nação, arrancá-la-ei e a farei perecer, diz o Senhor” (Jr 12.14-17). Isso significa a opção deles entre integração pacífica ou juízo divino, desqualificando a si mesmos por se tornarem inimigos de Israel.

Orientação pessoal

É uma pena, é muito trágico ver cada vez menos cristãos posicionando-se em favor de Israel. Assumir seu apoio a Israel significa nadar contra a correnteza. Significa nadar contra a tendência geral, que é imposta pela mídia. Como cristãos, devemos estar bem informados sobre o que acontece no mundo, sabendo dos processos e desenvolvimentos em curso para não sermos atropelados pelos acontecimentos. Os tempos finais se caracterizam tanto pelo engano como pela sonolência espiritual. “Ora, ao começarem estas coisas a suceder, exultai e erguei a vossa cabeça; porque a nossa redenção se aproxima” (Lc 21.28). O próprio Senhor exorta-nos a prestar atenção a “estas coisas” – como prestamos atenção às luzes de alerta no painel do carro.
O Rei, respondendo, lhes dirá: Em verdade vos afirmo que, sempre que o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes... E eles lhe perguntarão: Senhor, quando foi que te vimos com fome, com sede, forasteiro, nu, enfermo ou preso e não te assistimos? Então, lhes responderá: Em verdade vos digo que, sempre que o deixastes de fazer a um destes mais pequeninos, a mim o deixastes de fazer” (Mt 25.40,44-45). Aqui o Senhor não passa a pregar repentinamente um Evangelho social mas refere-se à postura das pessoas em relação aos judeus. Etnicamente, sem dúvida os judeus são irmãos de Jesus. Então devemos nos perguntar: Será que eventualmente somos anti-semitas cristãos? Paulo exortou os cristãos de Roma da época: “não te glories contra os ramos; porém, se te gloriares, sabe que não és tu que sustentas a raiz, mas a raiz, a ti” (Rm 11.18). Os ramos naturais aqui mencionados são os judeus. A tradução bíblica espanhola La Biblia de las Americas diz quenão devemos ser arrogantes em relação aos judeus e Israel. Devemos ser humildes, compreensivos e amáveis.
As cinco razões que acabamos de expor deveriam nos incentivar a amar e defender Israel, pregando sobre seu futuro e orando pelo povo de Deus. E já que ainda podemos viver e trabalhar por Jesus nesta era da graça, oremos por Israel e por seus inimigos, desejando de todo o coração que muitos ainda aceitem a Cristo antes que seja tarde demais.

Repetindo

1. Jesus foi, é e continuará sendo judeu (o Leão da tribo de Judá).
2. Toda a nossa Bíblia é judaica.
3. Os judeus são uma impressionante prova da existência de Deus.
4. Israel é o ponteiro no relógio mundial de Deus.
5. Nosso futuro está intimamente ligado ao futuro de Israel.
Por isso, nós da Chamada da Meia-Noite e da Beth-Shalom apoiamos Israel em projetos concretos, mostrando nossa solidariedade por meio de viagens a Israel e buscando o contato com judeus para levar-lhes o Evangelho. A Palavra de Deus diz: “Orai pela paz de Jerusalém! Sejam prósperos os que te amam” (Sl 12.6). (Reinhold Federolf -http://www.chamada.com.br)

quarta-feira, 20 de março de 2013

"A esperança dos justos é alegria." (Provérbios 10.28)

Se nos encontramos abatidos física ou emocionalmente, sentimos o desejo de tentarmos cada vez novos estímulos e soluções. Sempre queremos que esteja acontecendo algo; quanto mais agitação, melhor. Mas na área espiritual isso nos conduz à traição ao Espírito Santo, cujo templo é o corpo, e nos leva a paixões desordenadas e à destruição da esperança espiritual. E se em nossa vida espiritual insistimos em experimentar sempre novas emoções ao invés de simplesmente esperar pelo Senhor, por fim isso terminará na aniquilação da nossa esperança viva. Se esperamos pelo Senhor, devemos ter a certeza inabalável: Ele vive, e, sem dúvida, virá novamente! A realidade da presença de Deus não depende de um determinado lugar, mas da nossa decisão de sempre querer estar em Sua santa companhia. Pois se sempre temos o Senhor diante de nós, andamos com cuidado no pensar, no olhar, no falar e no agir. Os problemas surgem quando nos recusamos a contar com a realidade da Sua presença e do futuro que Ele preparou para nós. O salmista testifica: "Portanto não temeremos ainda que a terra se transtorne, e os montes se abalem no seio dos mares." Este destemor nos é proporcionado quando nos fundamentamos na realidade da Sua presença. Ele sempre esteve e sempre estará conosco!

terça-feira, 19 de março de 2013

"A seguir, veio uma nuvem que os envolveu; e dela uma voz dizia: Este é o meu Filho amado: a ele ouvi." (Marcos 9.7)

Será que eu espero única e exclusivamente no Senhor Jesus, ou minha esperança está dividida? Se de fato esperamos unicamente por Ele, isso se manifesta no nosso cotidiano: pela fé estaremos treinados a ver somente a Jesus apesar de todas as tentações, desilusões e de toda a escuridão que nos cerca. Essa também foi a experiência dos três discípulos de Jesus por ocasião da transfiguração. Eles "...olhando ao redor, a ninguém mais viram com eles, senão somente Jesus." Quanto mais esperamos por Ele e perseveramos nEle, tanto mais o Seu poder opera em nós e através de nós. Assim também está escrito na conhecida passagem de Isaías 40.31: "...os que esperam no Senhor renovam as suas forças, sobem com asas como águias, correm e não se cansam, caminham e não se fatigam." Preste atenção na palavra "caminhar". No caminhar não há inquietação, pressa ou inconstância. É a prova de nossa perseverança. "Caminhar e não se cansar" é o máximo que as nossas forças podem conseguir. A palavra "caminhar" aqui não quer dizer a atividade, mas significa o ser. A Bíblia não é abstrata, ela sempre é verdadeira, viva e muito concreta. Assim, por exemplo, Deus não diz: "Seja espiritual!", mas: "Ande na minha presença." Faça isto hoje mesmo!
Como seres humanos, temos inúmeros defeitos, que são característicos de nossa natureza imperfeita. Alguns destes defeitos, entretanto, quando crônicos, podem causar sérios danos a nós mesmos e aos que estão à nossa volta.

A psicologia encara estes defeitos de um ponto de vista estritamente humano e biológico, mas o cristão vê os seus defeitos a partir de um ponto de vista ainda mais profundo, em sua dimensão espiritual.

Alguns destes defeitos de caráter são tratáveis, de forma mais ou menos efetiva conforme a sua natureza, pela psicologia humana. Outros, entretanto têm raízes espirituais: são as chamadas doenças de alma, que somente podem ser curadas espiritualmente. Muitos de nossos defeitos desaparecem quando amadurecemos espiritualmente, permitindo a Deus renovar a nossa mente e restaurar a nossa natureza. Outros, entretanto, parecem desafiar o poder de Deus e persistem ao longo de toda a vida, apesar de incessantes esforços do individuo para erradica-los.

É mais comum ouvirmos falar de curas milagrosas de doenças físicas do que de curas de doenças de alma. Por que parece ser tão difícil ocorrer uma real mudança de caráter de uma pessoa? Por que é mais comum ouvirmos falar de paralíticos que se levantam e andam do que, por exemplo, de homossexuais que se tornam verdadeiramente heterossexuais? Ou de bandidos que realmente se regeneram?

A psicologia humana é bastante complexa, sobretudo quando afetada por influências espirituais. O caráter refere-se ao conjunto de disposições congênitas da personalidade que definem a índole, o temperamento, os hábitos, virtudes e vícios. Para muitos psicólogos, o caráter de um indivíduo é imutável. Para o Criador, entretanto, que nos constituiu a partir do barro, isso não apenas é possível, mas também desejável. Deus nos ensina, através de Jeremias, que para Ele a nossa natureza é como a do barro e a nossa personalidade é como um vaso. Como perfeito oleiro, Deus pode transformar um vaso quebrado em um vaso perfeito. Para isso, é necessário apenas fé e arrependimento. Mas o que é arrependimento ?

O arrependimento, em seu sentido bíblico, é essencial para uma mudança de caráter e para a cura de alma, mas é muitas vezes confundido com outros sentimentos semelhantes: remorso, vergonha e culpa.

O remorso é a dor sofrida pela constatação das consequências de um ato praticado. Tem a ver com um comportamento específico e assim geralmente é circunstancial

A vergonha é um sentimento de autodesvalorização causado pela execração ou desqualificação sofrida no meio social. Fere a necessidade de aceitação e afirmação no grupo social.

A culpa é o sentimento de responsabilidade por um prejuízo real ou suposto, causado por determinado ato ou comportamento.

O verdadeiro arrependimento, por sua vez, consiste de:

a) Convicção de uma atitude que produz o erro;
b) Disposição efetiva para corrigir o erro e mudar a atitude que o produziu.

Remorso, vergonha e culpa, embora muitas vezes inevitáveis, são sentimentos negativos e como tal podem fazer muito mal ao individuo que se deixa enredar indefinidamente neles. Por si mesmos, raramente levam a uma mudança real de atitude.

Apenas a convicção pessoal, isto é, a constatação racional da necessidade de mudar, nascida do íntimo do próprio indivíduo e não da imposição ou da repreensão por parte de terceiros, pode ensejar uma verdadeira mudança. Essa convicção muitas vezes nos é dada pela ação do Espírito Santo, que é quem nos convence do pecado. Além da convicção, é necessária também a disposição real de mudar e este é o passo mais difícil.

Padecemos de doenças de alma ontológicas como o egoísmo, o materialismo e o hedonismo e a verdade é que nos sentimos bem assim. A civilização nos ensinou a considerar estas doenças, causadas pela corrupção do pecado, como características naturais da alma humana. Por isso a vontade da carne é mais forte que a vontade do espírito, como afirmou Jesus: “o espírito, na verdade está pronto, mas a carne é fraca.” (Mateus 26:41)

Muitas pessoas se convencem de que precisam mudar sua conduta - por exemplo, abandonar um vício, um comportamento nocivo em relação ao outro - mas são incapazes de mudar sua atitude de modo efetivo. Ensaiam a mudança, mas logo voltam ao antigo comportamento. Neste caso não há arrependimento real, mas apenas a intenção de mudar .

Ouvi certa vez de um líder espiritual cristão uma afirmação que se mostrou para mim algum tempo depois profundamente verdadeira: "Somente quando Deus vê sinceridade no coração do homem, Ele faz o milagre."

A vontade humana é uma força poderosa, é o apanágio da condição de liberdade na qual fomos criados. É através da vontade que dirigimos as nossas vidas e fazemos escolhas, pelas quais entretanto somos plenamente responsáveis. Deus respeita as nossas escolhas e não nos obriga a mudar nossos valores, nossas atitudes. O homem foi, é e sempre será livre para escolher seu próprio caminho.

Deus entretanto, como bom Pai, mostra a todos os homens as consequências de suas escolhas fundamentais. Ele tem feito isso desde os tempos bíblicos, quando Moisés proclamou ao povo as palavras recebidas do Senhor: "O céu e a terra tomo hoje por testemunhas contra ti de que te pus diante de ti a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e a tua descendência." (Deuteronômio 30:19)

É através da sua força de vontade que muitos homens ergueram impérios, outros destruíram nações, outros ainda salvaram inúmeras vidas. Muitas pessoas conseguiram vencer enfermidades terríveis, através de uma ferrenha determinação íntima de viver. Entretanto, sabemos que muitas curas, não apenas de enfermidades físicas, mas também de enfermidades de alma, estão além da capacidade humana. Nestes momentos, necessitamos do poder sobrenatural de Deus. Mas Deus precisa ver em nossos corações o desejo sincero de sermos curados.

Jesus muitas vezes perguntava às pessoas enfermas que se acercavam dele: "Queres ser curado?" ou "Que queres que eu te faça?" Tudo é possível para Deus, mas sem um desejo sincero de cura e de mudança no coração do homem, Ele nada pode fazer .

Muitos clamam a Deus em oração suplicando por cura de alma, mas em seu íntimo, não querem realmente mudar ou obedecer à vontade de Deus. São pessoas movidas, em suas orações, por sentimentos negativos de remorso, culpa ou vergonha, mas não de sincero arrependimento. O mais lamentável disso tudo é que estas pessoas quase sempre enganam a si mesmas, julgando que não foram abençoadas porque Deus ainda não quis mover a sua mão sobre as suas vidas. É verdade que Deus tem o seu tempo de agir, mas neste caso Ele está impossibilitado de agir, porque não queremos realmente receber aquilo que pedimos.

Muitas vezes há uma discrepância brutal entre aquilo que pedimos e o que realmente desejamos. Um homem pode, por exemplo, pedir que Deus lhe apresente uma esposa, a quem esteja unido por amor mútuo e pela dedicação no serviço ao próximo. É uma petição bastante nobre, mas no fundo do seu coração ele não está preparado para amar nem para servir e deseja apenas a satisfação carnal.

Uma mulher pode, como outro exemplo, pedir que Deus a livre da timidez e da introversão, mas no fundo ela gosta de viver longe do convívio social, mergulhada em seu próprio mundo.

Um jovem pode ainda, pedir a Deus que o livre da escravidão das drogas, mas em seu íntimo ele ama mais o prazer que aquelas drogas lhe proporcionam do que rejeita as consequências nefastas da sua corrupção. Se ele não mudar sua atitude em relação à vida, mesmo sendo curado ele retornará ao vicio .

Esta discrepância entre aquilo que sabemos que é necessário e aquilo que realmente desejamos, entretanto, revela na verdade a intensa luta que existe no íntimo de cada cristão, entre a vontade da carne e a vontade do espírito. O apóstolo Paulo fala dessa luta em várias de suas cartas e de forma mais direta em Romanos 7 e em Gálatas 5:17.

O próprio Jesus não foi isento desta luta interior, e a revela quando; momentos antes da sua crucificação; se prostrou em oração diante do Pai, no Monte das Oliveiras. Nessa hora, segundo a vontade de sua carne, Jesus pediu: "afasta de mim esse cálice". Mas a vontade do seu espírito prevaleceu e Ele disse: "todavia não seja o que eu quero, mas o que tu queres" (Marcos 14;36)

Mas o que acontece conosco, que somos apenas humanos? Uma das características que diferencia um cristão de um não cristão é a sua atitude perante a vontade da carne, essa inclinação íntima de toda criatura de se conformar com a sua própria natureza e com a cultura da sociedade em que vive.

Enquanto o não cristão acredita que deve viver plenamente segundo a carne, buscando apenas o equilíbrio ao satisfazer a sua vontade, o cristão sabe que a sua natureza deve ser inteiramente regenerada, isto é, que ele precisa nascer de novo para que possa herdar a verdadeira vida. Essa é a vontade de seu espírito, que é também a vontade de Deus para todos os homens, mas essa vontade quase sempre é muito débil e isso produz em seu íntimo essa luta incessante.

Deus anseia por tomar em suas mãos o vaso quebrado de nossas almas, corrompido pelo pecado e marcado pela dor e transforma-lo em um vaso inteiramente novo, restaurado e purificado pelo seu amor. Mas muitos de nós relutamos em entregar-nos por inteiro em suas mãos e submetemos à sua vontade apenas parte de nossas vidas. Vemos, na submissão à vontade de Deus não a nossa plena realização, que ela efetivamente significa, mas uma ameaça à nossa própria liberdade, e por isso resistimos a ela. Enquanto a minha vontade e a vontade do Pai em mim não forem uma só vontade, essa luta persistirá em meu íntimo, indefinidamente .

Submeter-se a Deus não é algo fácil. Requer renúncia, entrega e confiança na vontade dele, à qual devemos obedecer muitas vezes sem compreender os seus motivos ou sem conhecer inteiramente os seus propósitos. Para nós, como para Jesus, esse é o caminho da cruz, o sentido último da fé, um caminho doloroso porque implica na morte do eu carnal, mas um caminho de redenção e de vida, porque implica também em ressurreição gloriosa. Poucos, na verdade, se dispõem a trilhar esse caminho e, contrariamente ao que fez Jesus, dizem tacitamente a Deus, diariamente: “Pai, passa de mim por ora esse cálice”. Entretanto, a saída não está com certeza na procrastinação e nem na conformidade.

Adiar a decisão de tomar a sua cruz e levar sobre si o jugo suave de Cristo é enganar a si mesmo. Conformar-se com essa situação, na esperança da misericórdia de Deus é fugir da luta, é se tornar espiritualmente morno, nem quente nem frio. Deus se compadece dos fracos, mas não dos covardes. Existe apenas um meio de eu ser curado e transformado, de vaso de barro defeituoso e disforme que sou em vaso de virtude, um vaso perfeito para a glória de Deus: a minha total e irrevogável rendição nas suas mãos, nas divinas mãos do bom oleiro.

Vencer a vontade da carne requer consagração e oração. Jesus, que vivia uma vida santificada, precisou consagrar a sua vida à obra do Pai e orar para vencer a vontade da carne. Quanto mais nós, ainda sujeitos ao pecado, precisamos aprender a obedecer, a vigiar e a orar, como Ele recomendou a seus discípulos no Monte das Oliveiras

Existem duas formas de obediência: ou pela fé ou pelo amor. Paulo nos diz, no final do capítulo 13 de sua primeira carta aos Coríntios que, de todos os dons espirituais, permanecerão apenas “a fé, a esperança, o amor, estes três; mas o maior destes é o amor.” Assim, eu sei que é preciso obedecer pela fé e pela esperança, mas melhor ainda é obedecer por amor àquele que tanto me tem amado.