CNPJ: 16.906.157/0001-10

Posso todas as coisas em Cristo que me fortalece.Filipenses 4:13

estudos







ESTUDOS:




Antes do Último Dilúvio

Sabemos que não haverá mais um Dilúvio para submergir toda a terra (Gn 8.21-22; Gn 9.11,15). Isso, porém, não significa que não virá um juízo global no futuro. Haverá, sim, um outro “dilúvio”, um terrível apocalipse de alcance mundial.
No Novo Testamento encontramos referências ao tempo de Noé: Mateus 24.37-39, Lucas 3.36 e 17.26-27, Hebreus 11.7, 1 Pedro 3.20, 2 Pedro 2.15 e 3.5-7. Além dessas, existem menções extra-bíblicas desse acontecimento: “O Dilúvio mundial dos tempos de Noé encontra paralelos em mais de 40 culturas, que não dispunham da Bíblia”.[1] A P.M. Perspective (uma revista científica alemã) escreveu recentemente acerca da possibilidade de um Dilúvio histórico: “De fato: em um processo judicial baseado em indícios, possivelmente as provas seriam suficientes [para confirmar o relato bíblico].”[2]

Chama a atenção:

1. O mundo do tempo de Noé não sucumbiu por causa da poluição ambiental ou pelo aquecimento global, mas devido à maldade da humanidade, que havia renunciado a Deus. Os tempos finais também serão caracterizados pela rejeição a Deus por parte da maioria das pessoas.
2. As declarações sobre o fim dos tempos conectam diretamente o tempo de Noé (Dilúvio) com o tempo de Ló (Sodoma e Gomorra) (Lc 17.26-29; 2 Pe 2.4-9; comp. Jd 6-7). Não devemos perder de vista essa conexão.
3. Os dois eventos (Dilúvio e juízo de fogo) foram transcritos para a posteridade explicitamente como exemplos de alerta. Pedro enfatiza esse aspecto (2 Pe 2.6) e Judas também o faz (Jd 6-7). Isso significa que, nos tempos finais, teremos uma situação semelhante à daquela época. Os últimos tempos serão dominados por poderes espirituais como foram os tempos de Noé e Ló: “Pois assim como foi nos dias de Noé, também será a vinda do Filho do Homem” (Mt 24.37).
4. Penso que tanto Noé como Ló não apontavam acusadoramente para sua geração nem sentiam satisfação ou desejo de vingança, mas comunicaram de forma convicta e amorosa a mensagem de Deus às pessoas ao seu redor, falando do juízo que se aproximava:
– Noé, seu nome significa “pregador da justiça” (2 Pe 2.5) e não “pregador da vingança”.
– Ló sentia-se “afligido pelo procedimento libertino daqueles insubordinados”. Ele atormentava a sua alma justa. Implorava que seus contemporâneos se voltassem para Deus (2 Pe 2.7-8; Gn 19.14).
Tanto Noé como Ló não apontavam acusadoramente para sua geração nem sentiam satisfação ou desejo de vingança, mas comunicaram de forma convicta e amorosa a mensagem de Deus às pessoas ao seu redor, falando do juízo que se aproximava.
A Igreja de Jesus não se compraz com a impiedade, mas também não reage com dureza, com desamor ou ameaças, que têm sua origem em uma religiosidade impiedosa e legalista. A Igreja sofre, se atormenta, derrama lágrimas. Ela suporta dores e sente muito quando vê o mal acontecendo, e então suplica e intercede pela salvação dos perdidos – como fazia Ló (Gn 19.7-14).
5. O fato de o mundo de antes de Noé ser chamado de “o mundo daquele tempo” (2 Pe 3.5-7) significa que hoje nos encaminhamos para uma segunda terra e um segundo céu. Hoje nossa terra tem características diferentes das que tinha antes do Dilúvio.
Existe a terra de antes do Dilúvio (a primeira), a terra de depois do Dilúvio (a segunda, atual), e futuramente haverá um novo céu e uma nova terra (os terceiros). Conforme 2 Coríntios 12.2-4, o apóstolo Paulo foi arrebatado até o terceiro céu, ao paraíso. Por isso, falamos sempre, de forma automática, de três esferas celestiais: (1) o céu das nuvens; (2) o Universo, e (3) o céu onde Deus habita. Mas isso é obrigatoriamente assim? Talvez, ao referir-se ao terceiro céu, ao paraíso, Paulo estava simplesmente falando do terceiro céu na seqüência: (1) pré-diluviano, (2) pós-diluviano, e (3) futuro (o novo céu que nos espera).
O juízo por meio da água no princípio da história da humanidade é uma imagem do juízo futuro por meio do fogo no final da história da humanidade (2 Pe 3.5-7).

O exemplo de Noé no começo dos tempos

O mal passa a ser encarado como perfeitamente bom e normal.
Como se foram multiplicando os homens na terra, e lhes nasceram filhas, vendo os filhos de Deus que as filhas dos homens eram formosas, tomaram para si mulheres, as que, entre todas, mais lhes agradaram. Então, disse o Senhor: O meu Espírito não agirá para sempre no homem, pois este é carnal; e os seus dias serão cento e vinte anos. Ora, naquele tempo havia gigantes na terra; e também depois, quando os filhos de Deus possuíram as filhas dos homens, as quais lhes deram filhos; estes foram valentes, varões de renome, na antigüidade” (Gn 6.1-4).
Aqui, os filhos de Deus, não são homens, mas anjos (veja Jó 1.6; Sl 29.1; Sl 89.7). Os homens (v.1) tiveram filhas – portanto, filhas humanas –, e a elas vieram os “filhos de Deus” (v.2). A diferença entre “filhos de Deus” e “filhas dos homens” é ressaltada claramente. Se a expressão “filhos de Deus” se referisse a homens, teria de estar escrito “filhos dos homens”, assim como o texto fala das “filhas dos homens”. Pessoas são chamadas de filhos dos homens (Sl 62.9). Por exemplo, Ezequiel e Daniel são chamados de “filho do homem” (Ez 2.1; Dn 8.17). O Senhor Jesus Cristo foi ambos: Filho de Deus, título que acentua Sua divindade, e Filho do Homem, que atesta sua vinda como homem através de Maria (Mt 8.20,29).
Judas também deixa evidente que a designação “filhos de Deus” não diz respeito a pessoas, mas a anjos caídos: “e a anjos, os que não guardaram o seu estado original, mas abandonaram o seu próprio domicílio, ele tem guardado sob trevas, em algemas eternas, para o juízo do grande Dia” (Jd 6; comp. 2 Pe 2.4-5; Jó 1.6; 1 Rs 22.19-23).
Em Gênesis 6.4 está escrito: “...naquele tempo havia gigantes (“nephilim”) na terra ...estes foram valentes, varões de renome, na antigüidade.” A palavra hebraica “nephilim”, traduzida por “gigantes” tem um significado bastante interessante: quer dizer gigantes, heróis, celebridades. Isso indica pessoas que têm influência, e a palavra deriva de uma raiz que significa “cair”. São os “caídos” que levam outros a cair; dominadores, controlados por demônios, que caem e levam outros consigo.
Observemos nosso mundo: grandes personalidades enganadas, celebridades seduzidas, no meio financeiro, nos negócios, na indústria do entretenimento e na política levam nossa sociedade à queda. E aos olhos de muitos desses “gigantes” os cristãos fiéis à Bíblia parecem representar um perigo maior que organizações criminosas.
A época de Noé era um tempo extraordinariamente marcado por domínio demoníaco. E no tempo de Noé também havia oposição veemente contra a ação do Espírito Santo. Tudo era tolerado, tudo era permitido, as mentes eram liberais e abertas para tudo, menos para o que vinha do Espírito Santo, que era rejeitado.
Coisas que há poucas décadas ainda eram tabu ou rejeitadas por serem perversas estão onipresentes na cena cotidiana e completamente integradas na vida da sociedade. Elas já se tornaram tão comuns que aqueles que se manifestam contrários são condenados e considerados anormais.
Então, disse o Senhor: O meu Espírito não agirá para sempre no homem, pois este é carnal; e os seus dias serão cento e vinte anos” (Gn 6.3). A era anterior ao Dilúvio foi caracterizada por uma marcante ação do Espírito Santo e menos por ordenanças da Lei. Foi uma era de extraordinária graça, da qual as pessoas abusaram impiedosamente. Elas resistiam ao Espírito Santo de Jesus, que já pregava àquele mundo através da pessoa e das palavras de Noé (1 Pe 3.18-20). E agora, em Gênesis 6.3, Deus está dizendo que, depois de 120 anos, a graça iria ser suspensa, retirando-se e dando lugar ao juízo.
Um cenário semelhante se repetirá logo antes do “dilúvio apocalíptico”. O Espírito Santo, que hoje ainda atua através da graça, conforme 2 Tessalonicenses 2.6-7 será retirado juntamente com a Igreja de Jesus antes do juízo, para que este se abata sobre a humanidade. Isso indica que esta era que antecede esse “dilúvio apocalíptico” se encerrará da mesma forma que a era anterior ao Dilúvio no passado. Arnold Fruchtenbaum explica: “Os dias de Noé são um tempo comparável aos dias que antecederão o Arrebatamento”.[3]
A geração de Noé chegou a um ponto em que o mal e tudo o que era injusto e pecaminoso dominava o dia-a-dia como estilo de vida normal. Os valores haviam sido invertidos. O mal foi elevado à posição de bem, de útil, enquanto o bem, que o Espírito Santo queria produzir, passou a ser declarado como mal e era rejeitado. “Viu Deus a terra, e eis que estava corrompida; porque todo ser vivente havia corrompido o seu caminho na terra” (Gn 6.12; comp. v.5).
Diariamente observamos que nosso tempo é dominado por forças demoníacas (nos filmes, na religião, através da Nova Era, do esoterismo, da Teoria da Evolução, pelo surgimento de novos deuses...), e percebemos que o povo se volta contra a Palavra de Deus e se opõe à ação do Espírito Santo. O mal passa a ser encarado como perfeitamente bom e normal. Coisas que há poucas décadas ainda eram tabu ou rejeitadas por serem perversas estão onipresentes na cena cotidiana e completamente integradas na vida da sociedade. Elas já se tornaram tão comuns que aqueles que se manifestam contrários são condenados e considerados anormais.
Ao analisarmos o tempo de Noé, fica evidente que o pecado se avoluma até a corrupção total (Gn 6.5,12) e que existe um amadurecimento para juízo, quando a medida da iniqüidade estará cheia (Gn 15.16; 13.13; 18.20; Jd 7). Esse é o caso quando a lei de Deus não apenas é quebrada (no sentido de não ser obedecida), mas rompida completamente (rejeitada radicalmente e declarada nula).
pregações bíblicas e citações bíblicas são rejeitadas como absurdas, ridicularizadas e sujeitas a zombaria. As leis estão sendo distorcidas a ponto de se tornar cada vez mais fácil acusar o cristianismo decidido.
Os exemplos a seguir são sintomáticos dessa tendência:
Na Igreja Luterana dos EUA decidiu-se no ano passado que o ministério pastoral poderá ser exercido por pessoas que vivem em relações homossexuais. Essa regulamentação deverá entrar em vigor em 2010. Uma pastora declarou a respeito: “Creio que fomos além do que Deus permite”. A ironia foi que uma tempestade derrubou a cruz da torre da igreja luterana central onde estava sendo tomada essa decisão.[4]
Na Holanda existe uma banda chamada “Devil’s Blood” (“Sangue do Diabo”). Em seus shows os integrantes derramam 20 litros de sangue de porco no palco. Um deles declarou: “O sangue de animais é, para nós, a possibilidade de levar a morte até o palco e para nos tornarmos menos humanos. Um caminho para fazer desaparecer nossa própria identidade e nossa personalidade, para sermos espíritos...”.[5]
Um grupo esotérico alemão chamado “Obreiros da Luz” é extremamente ocultista e busca o contato com o além para liberar energias ocultas. Os “obreiros” esperam “uma luz nova e consciente que adentrará esta existência pela primeira vez”. Essa luz traria paz e cura para o mundo e conduziria a humanidade “à mudança global, impulsionando-a no caminho de volta para a Unidade”. Um dissidente que abandonou essa seita, advertiu seriamente em seu site na internet a respeito do grupo: os auto-intitulados “obreiros da luz” são médiuns de “pretensos anjos, entes de luz ou irmãos de luz extra-terrenos”. Eles representam a porta de entrada ideal para forças ocultas.[6]
Enquanto isso, pregações bíblicas e citações bíblicas são rejeitadas como absurdas, ridicularizadas e sujeitas a zombaria. As leis estão sendo distorcidas a ponto de se tornar cada vez mais fácil acusar o cristianismo decidido. Hoje chegamos ao ponto de quase precisarmos nos envergonhar ao apenas mencionarmos que Deus vai julgar os impuros e adúlteros (Hb 13.4). Quando proclamamos essas verdades atualmente, tornamo-nos ridículos aos olhos do mundo. Isso não cabe mais na nossa sociedade, pois é “antiquado”. Mas é justamente nisso que reconhecemos o quanto nosso tempo é igual ao tempo de Noé!

O exemplo de Noé no meio dos tempos

Aproximadamente 2.500 anos depois do Dilúvio veio o Salvador, a arca da salvação eterna. Aquele em cujo Espírito Noé agira (1 Pe 3.18-20) veio em carne e sangue. Mesmo estando o amor de Deus presente no mundo através da Pessoa de Jesus – a graça, o perdão, a misericórdia e justiça plenas –, o próprio Jesus já teve de anunciar o juízo do fim dos tempos. Ele usou o tempo de Noé e de Ló como exemplos do tempo antes de Sua volta: “Assim como foi nos dias de Noé, será também nos dias do Filho do Homem: comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca, e veio o dilúvio e destruiu a todos. O mesmo aconteceu nos dias de Ló: comiam, bebiam, compravam, vendiam, plantavam e edificavam; mas, no dia em que Ló saiu de Sodoma, choveu do céu fogo e enxofre e destruiu a todos. Assim será no dia em que o Filho do Homem se manifestar” (Lc 17.26-30).
Algumas coisas chamam nossa atenção nessas palavras de Jesus:
1. A conexão estreita entre a história de Noé e a história de Ló. Portanto, os tempos finais são muito semelhantes tanto ao tempo de Noé como ao tempo de Ló.
2. A despreocupação das pessoas daquela época com as coisas espirituais. “Eis que esta foi a iniqüidade de Sodoma, tua irmã; soberba, fartura de pão e próspera tranqüilidade...” (Ez 16.49). A vida social girava unicamente em torno das coisas da vida terrena. O centro era o bem-estar e o conforto de cada um. Em palavras de hoje, diríamos que as preocupações são o clima, a alimentação, vitaminas, saúde, dicas para viver bem, conselhos sobre finanças, etc. A preocupação daquela época eram as coisas seculares, não as celestiais; as temporais, não as eternas; as mundanas, não as espirituais.
A saúde tem se tornado uma poderosa religião contemporânea.
A saúde, por exemplo, tem se tornado uma poderosa religião contemporânea. “O anseio por saúde tem adquirido cada vez mais os traços de uma religião. Essa é a opinião do médico e teólogo Manfred Lütz (de Colônia, na Alemanha). (...) Muitos ‘correm pelas florestas e comem grãos para acabar morrendo saudáveis’, afirmou Lutz durante uma palestra. Onde havia catedrais, erguem-se agora academias de ginástica. A religião da saúde seria a mais poderosa de todos os tempos e apresentaria marcas de totalitarismo. Lütz disse: ‘Enquanto se pode fazer qualquer brincadeira acerca de Jesus, não se pode fazê-lo quando o assunto é saúde’. Além disso, ela seria mais cara do que todas as outras religiões. (...) A mania da vida saudável já teria alcançado grande parte das igrejas, disse o autor de diversos best-sellers (...) ‘Enquanto no passado se jejuava para se privar do alimento, hoje se jejua para se chegar bem tarde, e bem saudável, ao céu’. A saúde seria um grande bem para os cristãos, mas ‘não o bem supremo’, segundo Lütz. Ao invés de viver prevenindo doenças, os cristãos deveriam gozar cada novo dia como um presente divino”.[7]
Como são modernas as palavras de Jesus! Abri o jornal e selecionei alguns títulos da programação da TV. Essa lista demonstra o quanto são atuais as palavras de Jesus acerca dos tempos finais. Hoje estamos vivendo exatamente dentro daquilo que foi dito acerca dos tempos de Noé e de Ló. E ainda existe quem tenha a coragem de dizer que a Bíblia está ultrapassada! Fiquei impressionado com a quantidade de programas sobre preparo de receitas, alimentação saudável e saúde. A passagem bíblica que diz que as pessoas da época de Noé e Ló “compravam, vendiam, plantavam e edificavam” tem seu pleno cumprimento nos nossos dias – o que comprovei lendo os títulos dos programas oferecidos na área de finanças e comércio. Outra característica dos tempos passados que se repete hoje é a de que “casavam e davam-se em casamento”. Programas de namoro, casamentos, descasamentos, novos relacionamentos – a vida privada ocupa o centro das atenções. Mas isso não é tudo. A declaração de Jesus “casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que...”, dá o que pensar! Buscar um parceiro pela internet ou através de agências de casamento virou moda. “Por razões que não cabem aqui, parece que hoje ninguém mais conhece alguém na rotina da vida diária. Por isso, florescem as agências de namoro, de preferência protegidas pela anonimidade da internet”.[8]
A maior parte do que acabamos de listar não é pecado. Mas quando Deus é excluído e quando a salvação em Jesus é rejeitada, quando o homem é movido apenas pelo que é temporal, então tudo isso passa a ser um sinal dos tempos finais.
“Deixe-nos em paz” foi a reação do povo daquela época, e é o que se ouve também hoje. “Deixem-me em paz com esse assunto de apocalipse”, “Vocês são muito catastrofistas!”, “Vocês só querem atrapalhar a minha vida”, “Vocês são fanáticos religiosos”, “Vocês são tão negativos, os desmancha-prazeres da sociedade”. Mas por que a taxa de suicídios e as tragédias aumentam tanto? Por que as clínicas psiquiátricas estão lotadas? Por que nunca houve tanta necessidade de remédios controlados como nos últimos anos? Por que a insatisfação, o medo e a insegurança pairam sobre nossa sociedade como uma névoa escura, uma vez que tudo seria tão bom sem Jesus?
3. Nas épocas de Noé e Ló vemos que não era a multidão que estava com a razão. A maioria de então estava errada, e a minoria (Noé e Ló) é que estava certa. No final, Deus terá razão, Sua Palavra será decisiva – não a opinião da maioria, que diz: “Mas todo mundo faz isso! Isso deve ser correto, já que todos o fazem! É o que a mídia diz...”.
Você sabe qual foi a última afirmação do Senhor Jesus antes de começar a falar do tempo de Noé? “Passará o céu e a terra, porém as minhas palavras não passarão. Mas a respeito daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus; nem o Filho, senão o Pai. Pois assim como foi nos dias de Noé, também será a vinda do Filho do Homem” (Mt 24.35-37).
A Palavra de Deus é garantida e irrevogável. Mesmo que ninguém saiba o dia ou a hora, temos um ponto de referência na semelhança entre a nossa época e o tempo de Noé.

O exemplo de Noé para os tempos finais

Encontramo-nos diante do último dilúvio de juízos apocalípticos. O fogo do juízo divino virá. Ajudamos a construir a “arca” da Igreja? Alertamos para o que está por vir?
Nosso tempo está diante de um novo dilúvio, não de água mas o dilúvio do Apocalipse, dos juízos dos selos, das trombetas e dos flagelos. Então os céus e a terra serão novamente abalados (comp. Ap 16.20-21). E após esses juízos catastróficos, haverá um novo céu e uma nova terra, nos quais habita justiça (2 Pe 3.13; Ap 21).
O tempo de Noé e Ló mostra-nos que o Arrebatamento está próximo. Noé é chamado por Pedro de “pregador da justiça”, enquanto Ló é chamado apenas de “justo” (2 Pe 5.7). Essa diferença tem algum significado à luz da profecia?
Noé, o pregador da justiça, teve de passar pelo juízo, mas foi protegido em meio a ele. Essa é uma ilustração de Israel. Foi Israel quem proclamou a justiça em Jesus a nós (Rm 9.4-5).
Ló é chamado de “o justo”. Ele foi poupado do juízo, salvo antes da destruição. Representa figuradamente a Igreja. Tornamo-nos justos pela proclamação da justiça por Israel (simbolizado por Noé). Como Ló, porém, a Igreja vive no meio de um mundo cheio de injustiça, mas ela crê e será salva antes do juízo (2 Pe 2.7-9). Assim como Deus salvou o justo Ló, também pode livrar da provação todos os que O temem.
Ló foi salvo sendo tirado do lugar da tentação e da provação ao ser literalmente arrancado de Sodoma (Gn 19.16-17,22). Da mesma forma, a Igreja será salva do lugar da tentação, salva deste mundo, ao ser arrebatada antes do dilúvio apocalíptico. Pois, se apenas os injustos serão preservados para o dia do juízo, então obrigatoriamente os justos serão livrados de passar por esse dia (1 Ts 5.1-10).
Encontramo-nos diante do último dilúvio de juízos apocalípticos. O fogo do juízo divino virá. Somos como Noé, pregadores da justiça? Somos tementes a Deus como ele? Somos obedientes como ele era? Fazemos tudo o que podemos para transmitir à nossa geração a justiça que tem valor diante de Deus? Ajudamos a construir a “arca” da Igreja? Alertamos para o que está por vir?



Sinais Gerais da Segunda Vinda de Cristo


Em primeiro lugar, os sinais que mostram a graça (Mt 24.14 E este Evangelho do Reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as gentes, e então virá o fim.)

A tribulação (Mt 24.9,10, 21,22 Então, vos hão de entregar para serdes atormentados e matar-vos-ão; e sereis odiados de todas as gentes por causa do meu nome. Nesse tempo, muitos serão escandalizados, e trair-se-ão uns aos outros, e uns aos outros se aborrecerão. porque haverá, então, grande aflição, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem tampouco haverá jamais. E, se aqueles dias não fossem abreviados, nenhuma carne se salvaria; mas, por causa dos escolhidos, serão abreviados aqueles dias.).

A apostasia (Mt 24.4,5-23-26 E Jesus, respondendo, disse-lhes: Acautelai-vos, que ninguém vos engane, porque muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo; e enganarão a muitos. Então, se alguém vos disser: Eis que o Cristo está aqui ou ali, não lhe deis crédito, porque surgirão falsos cristos e falsos profetas e farão tão grandes sinais e prodígios, que, se possível fora, enganariam até os escolhidos. Eis que eu vo-lo tenho predito. Portanto, se vos disserem: Eis que ele está no deserto, não saiais; ou: Eis que ele está no interior da casa, não acrediteis.). Falsos messias, falsos profetas, falsos cristãos, falsos ministros, falsos irmãos, pregando e promovendo um falso evangelho. A segunda vinda será precedida por um abandono da fé verdadeira. O engano religioso vai estar em alta.

A depravação moral (Mt 24.12) E, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos se esfriará. A iniquidade se multiplicará e o amor esfriará EX O homossexualismo é aplaudido e incentivado. A pornografia tornou-se uma indústria poderosa. O narcotráfico afunda a juventude no pântano das drogas. A depravação moral pode ser vista?

As guerras (Mt 24.6,7) E ouvireis de guerras e de rumores de guerras; olhai não vos assusteis, porque é mister que isso tudo aconteça, mas ainda não é o fim. Porquanto se levantará nação contra nação, e reino contra reino, e haverá fomes, e pestes, e terremotos, em vários lugares. Ao longo da História, houve treze anos de guerra para cada ano de paz. Desde 1945, 50% de todos os cientistas do mundo estão trabalhando em pesquisas de armas de destruição. Quase 40% dos recursos das nações são destinados à pesquisa e fabricação de armas. Falamos de paz, mas procuramos a guerra. Na Primeira Guerra Mundial (1914-1918), trinta milhões de pessoas foram trucidadas. A Segunda Guerra Mundial (1939-1945) ceifou sessenta milhões de pessoas. Atualmente falamos em armas atômicas, nucleares, químicas e biológicas.

Os terremotos (Mt 24.7,29). Porquanto se levantará nação contra nação, e reino contra reino, e haverá fomes, e pestes, e terremotos, em vários lugares. E, logo depois da aflição daqueles dias, o sol escurecerá, e a lua não dará a sua luz, e as estrelas cairão do céu, e as potências dos céus serão abaladas. De 1890 a 1930 — houve apenas oito terremotos medindo 6.0 nos escala Richter. De 1980 a 1996— houve mais de duzentos terremotos dramáticos. Tudo o que é sólido balançará. Não haverá refúgio nem esconderijo seguro para o homem em nenhum lugar do universo.

As fomes e epidemias (Mt 24.7 Porquanto se levantará nação contra nação, e reino contra reino, e haverá fomes, e pestes, e terremotos, em vários lugares). A fome é um subproduto das guerras. A fome hoje mata mais do que a guerras. A fome é um retrato vergonhoso da perversa distribuição das riquezas. Enquanto uns acumulam muito, outros passam fome.

A descrição da Segunda Vinda de Cristo

Em primeiro lugar será repentina (Mt 24.27) Porque, assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até ao ocidente, assim será também a vinda do Filho do Homem. Quando o noivo chegar, será tarde demais para encher as lâmpadas de azeite. Os homens estarão envolvidos com suas atividades, sem levar Deus em conta.
Em segundo lugar, será Gloriosa (Mt 24.30) Então, aparecerá no céu o sinal do Filho do Homem; e todas as tribos da terra se lamentarão e verão o Filho do Homem vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória. A segunda vinda de Cristo será pessoal, física, visível, audível e pública.

Será imprevisível (Mt 24.36) Porém daquele Dia e hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho, mas unicamente meu Pai. Ninguém pode decifrar esse dia. Ele pertence exclusivamente à soberania de Deus.

Será inesperada (Mt 24.37-39) E, como foi nos dias de Noé, assim será também a vinda do Filho do Homem. Porquanto, assim como, nos dias anteriores ao dilúvio, comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca, e não o perceberam, até que veio o dilúvio, e os levou a todos, assim será também a vinda do Filho do Homem.

Será para o juízo (Mt 24.40,41) Duas estarão trabalhando no moinho. Uma será tomada e a outra deixada. Então, estando dois no campo, será levado um, e deixado o outro. Tomados para Deus, deixados para o juízo eterno. 

ESTÁS TU PREPARADO?
|  Autor: Sidnei Alves da Silvae  |  Divulgação: estudosgospel.com.br |





O que é o ministério de interccessão?






O que é o ministério de interccessão?
- “O intercessor não é aquele que somente faz à Deus uma oração de pedidos. Não. Ele conhece o coração de Deus. E porque o ama e sabe que é amado por Ele, nesse amor, ele atinge o coração de Deus, através da intercessão que se torna um humilde diálogo de amor.”
Escrever sobre o ministério de intercessão é, para mim, uma grande alegria, dado que nutro um grande amor a este ministério, que acredito ser o sustentáculo das grandes obras que Deus realiza no meio do seu povo. Este ministério é como o alicerce de um grande edifício, que não é viso nem admirado, mas sem o qual o edifício não poderia erguer-se.
Eu creio que este artigo será de grande esclarecimento e importância para todos os que lideram comunidades e desempenham este ministério dentro do trabalho que o Senhor os chama a realizar.
Leia este artigo com o desejo de que o Espírito Santo venha revelar no seu coração as verdades mais profundas, porque muito mais do que aqui está escrito o Senhor tem a falar no seu coração.
O QUE É MINISTÉRIO DE INTERCESSÃO
Quando, há algum tempo atrás, eu comecei a questionar o que era o ministério, eu pedi ao Senhor que me esclarecesse verdadeiramente o que é da sua vontade no que se refere a ministério na espiritualidade da Renovação Carismática. O Senhor me fez entender primeiramente que há uma diferença muito grande entre dom e ministério, coisa que muitas pessoas confundem bastante.
Possuir um ministério do Senhor não é a mesma coisa que receber um dom do Espírito Santo. Para que recebamos os dons do Espírito Santo, nós precisamos ser abertos às moções e inspirações que este Espírito suscita em nós. Para possuirmos um ministério do Senhor, é preciso que este nos seja dado por Jesus que deseja que nós desempenhamos uma missão especial em seu Nome.
Em I Cor 12,4-5 encontramos o seguinte texto: “Há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo; há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo”. Refletindo sobre este texto vamos entender que os dons são manifestações do Espírito para proveito da comunidade, naquele momento de necessidade, enquanto que o ministério é algo dado pelo Senhor Jesus, que envia os seus discípulos a desempenhar missões; missões estas que são bem específicas dentro do seu corpo, que é sua Igreja.
Quando estamos reunidos em nossas comunidades, grupos de oração, grupos de partilha, etc. no momento que oramos, precisamos e devemos estar abertos às moções do Espírito Santo que pode naquele momento estar desejando que profetizemos, ou que digamos uma palavra de ciência para a cura interior de alguém do grupo. Mas, tão somente porque alguém esteve aberto a estes dons, não implica dizer que ele tenha o ministério de profetizar, ou o ministério de cura interior.
Em Jer 1,5 vamos encontrar um trecho que nos esclarece muito mais a cerca da diferença entre o Dom e o ministério: “O Senhor disse a Jeremias: ‘Antes mesmo de te formar no ventre de tua mãe, eu te conheci, antes que saísses do seio, eu te consagrei. Eu te constituí profeta para as nações’”. E é isso o ministério carismático. O Senhor desde toda eternidade já conhecia Jeremias, desde toda eternidade também já o havia consagrado ao ministério da profecia. Observemos que Jeremias era ungido e enviado pelo Senhor a ser profeta, não como um dom que iria se manifestar através dele numa hora de necessidade, mas como ministeriado. Era pelo serviço dele no ministério profético que iria ser reconhecido no meio do povo como homem de Deus. Porém, se formos ler a profecia de Jeremias na Bíblia, vamos encontrar este profeta, por várias vezes, usando os dons do Espírito Santo para bem desempenhar o seu ministério.
Um pequeno trecho que melhor ilustra este fato encontramos em I Reis 19,19-21 e II Reis 2,15 quando o profeta Elias unge Eliseu para que ele exerça o ministério da profecia no seu lugar. No exercício do ministério profético, Eliseu utiliza os dons de milagres (II Reis 2,19) e cura (II Reis 5,1-15), mas o seu ministério é o de Profecia, que para melhor ser desempenhado precisa da graça do Espírito Santo através dos seus dons.
Assim sendo, o ministério de intercessão é um ministério que o Senhor dá a algumas pessoas a fim de que estas possam ser intercessoras pelas causas do Reino de Deus. As pessoas que exercem este ministério são escolhidas, eleitas, como foi o profeta Jeremias (Jr 1,5), antes que no seio materno fosse formado.
Este ministério de intercessão, como os outros ministérios do Senhor, está dentro do seu coração e o Senhor abençoa aqueles que ele são chamados com todas as bençãos necessárias para o seu bom desempenho.
QUEM É O INTERCESSOR
A palavra interceder significa “colocar-se entre”, ou seja, o intercessor e aquele que se coloca entre aquele que pode dar e aquele que deseja receber. No caso do ministério de intercessão, o intercessor é aquele que se encontra entre Deus Pai e a sua criação. Ele é como um advogado no Reino de Deus, um advogado de defesa, que defende as causas do Reino.
Na Bíblia, vamos encontrar muitos personagens com características de intercessores e exercendo fielmente este papel. Em Ex 34, 8-9 vamos encontrar Moisés intercedendo pelo povo de Israel: “Moisés inclinou-se incontinente até à terra e prostrou-se dizendo> ‘Se tenho o vosso favor, Senhor, dignai-vos marchar no meio de nós: somos um povo de cabeça dura, mas perdoai-nos as nossas iniquidades e nossos pecados e aceitai-nos como propriedade vossa’”. O povo de Israel havia cometido o grande pecado de adorar o bezerro de ouro, proclamando-o seu Deus. Sabendo disso, Moisés, como escolhido, chamado, eleito por Deus para dirigir seu povo, diz para o Senhor assim: “Senhor, se tenho vosso favor…”. Esta oração de Moisés não tem mais sentido para nós próprios, mas pedimos em nome de Jesus e a oração dos intercessores é assim: “Senhor, em nome de Jesus, que tem o teu favor, concede-me…”
Como Moisés, hoje em nosso grupos precisamos ser esses intercessores que se colocam aos pés de Deus a fim de interceder pelo povo pecador. Nossos grupos, nossas comunidades necessitam urgentemente dessas sentinelas que estejam a colocar-se entre Deus e a sua Igreja pecadora.
O intercessor não é aquele que somente faz a Deus uma oração de pedidos. Não. Ele conhece o coração de Deus. E porque o ama e sabe que é amado por Ele, nesse amor, ele atinge o coração de Deus, através da intercessão que se torna um humilde diálogo de amor.
O intercessor apropria-se das palavras da Escritura que trazem as promessas de salvação e restauração. Ele conhece o Senhor pela oração e pela Escritura e é aí que está o segredo dessa intimidade entre Deus e o intercessor; intimidade esta que faz com que todos os pedidos dos intercessores atinjam o coração de Deus, pois são feitos por meio de Cristo Jesus para glória de Deus Pai.
INTERCESSÃO, UM MINISTÉRIO DE CONSOLAÇÃO
No Evangelho de São João 12,1-12 vamos nos deparar com um jantar, na cidade de Betânia, na casa de Lázaro, Marta e Maria. Este trecho vem nos mostrar o episódio em que Maria tem um perfume de nardo puro e derrama aos pés de Jesus. Ora, Maria tinha o coração inflamado de amor por Jesus, e no seu amor insensato, eufórico, ela desejava consolar o coração de Jesus que já se encontrava triste por sua paixão que se aproximava.
Os convidados não foram capazes de entender a atitude de Maria e se limitaram a simplesmente criticar sua atitude, por causa do estrago que ela fazia em derramar aquele perfume, pois o mesmo poderia ser vendido e o dinheiro poderia ser aplicado em algo mais valioso do que os pobres pés cansados e calejados de Jesus. Mas para Maria não era assim. Ela amava Jesus e o amor fazia com que ela ficasse na expectativa das necessidades de Jesus e por isso, derramar o nardo puríssimo e preciosíssimo aos seus pés era o que de mais coerente ela poderia fazer, pois ela sabia que, com aquele gesto de amor, consolaria o coração do Senhor.
E isso é intercessão. Nesta fase da vida de Jesus, nada agradou tanto o coração do Pai como a atitude de Maria, pois ela se colocava entre o coração dolorido do Pai, por ter que cumprir seu plano de Salvação em Jesus, e o povo pecador que não merecia esta salvação. Maria através de sua intercessão, mostrou aos céus que a entrega de Jesus valeria a pena para a humanidade, pois tudo o que ela fazia era mostrar o seu amor a Jesus. E Deus retribui todo esse amor a Maria, pois a intercessores como ela o Pai nada lhes nega.
São esses intercessores, que estão muito mais preocupados com Jesus do que com os problemas, que verdadeiramente conhecem seu coração aflito e consola-o, e só lhe dirigem preces que entram em profundo acordo com a sua vontade.
Os verdadeiros intercessores precisam deixar os seus corações inflamarem-se por este amor que deixa-os totalmente dependentes de Jesus e na expectativa de seus desejos.
Em nossos grupos, comunidades, precisam urgentemente aparecer novas Marias de Betânia que fiquem aos pés de Jesus para lhes consolar o coração e se coloquem aos pés da cruz, ao lado de Maria Santíssima, vítimas de expiação juntos com Jesus sofredor, pelos pecados do mundo inteiro.
Foi isso que pessoas como Santa Margarida Maria Alacoque, Irmã Faustina, Santa Terezinha do Menino Jesus e muitos outros santos da Igreja entenderam e por isso foram grandes intercessores pelas causas do Reino.
O MINISTÉRIO DE INTERCESSÃO NA BÍBLIA.
O livro do Gênesis nos mostra Abraão, que se coloca como intercessor entre Deus e os habitantes de uma cidade que deveria ser destruída por causa de seus pecados. Em Gn 18,16-33 lemos: “Os homens levantaram-se e partiram na direção de Sodoma, e Abraão os ia acompanhando. O Senhor disse então: Acaso poderei ocultar a Abraão o que vou fazer? (…) os homens partiram, pois, na direção de Sodoma, enquanto Abraão ficou em presença do Senhor. Abraão aproximou-se e disse: Fareis o justo perecer com o ímpio? Talvez haja cinqüenta justos na cidade: fá-los hei perecer? Não perdoareis a cidade, em atenção aos cinqüenta justos que nela podereis encontrar? Não, vós não podereis agir assim, matando o justo com o ímpio! Longe de vós tal pensamento! Não exerceria o Juiz de toda a terra a Justiça? O Senhor disse: Se eu encontrar em Sodoma cinqüenta justos, perdoarei a toda a cidade em atenção a eles. Abraão continuou: Não leveis a mal, se ainda ouso falar ao meu Senhor, embora eu seja pó e cinza. Se porventura faltar cinco aos cinqüenta justos (…) Abraão replicou: Que o Senhor não se irrite se falo ainda uma última vez: Que será se lá forem achados dez? E Deus respondeu: Não a destruirei por causa desses dez. E o Senhor retirou-se, depois de ter falado com Abraão, e este voltou para a sua casa. ”
Tomado a posição de intercessor do povo na qual Abraão se colocou, ressaltamos, com este texto, uma característica no relacionamento entre Abraão e Deus: Eles eram íntimos. Deus havia tomado a decisão de destruir Sodoma, por causa do seu pecado e Ele sentiu a necessidade de que Abraão soubesse disso. Ao saber disso Abraão conversa com Deus através da intercessão, coloca aquilo que ele sente, argumenta e deixa a decisão final para Deus.
É assim, como Abraão, que os intercessores de hoje devem agir. Primeiramente devem estar na escuta de Deus que a qualquer momento vai lhes falar, para lhes comunicar suas decisões.
Isso acontece num ato de profundo amor de Deus para o homem. Ele suscita ao homem a interpelar diante dele como imagem de seu Filho Jesus na cruz que se coloca entre o céu e a terra, entre Deus e a humanidade. E o intercessor carismático, ao argumentar, diante do Pai amoroso, por seu povo amado, deixa-se levar pela oração intercessora que toca o mais profundo do seu amor e assim Ele cede deixando-se levar por sua misericórdia, impulsionado pelo seu grande amor.
Outra características dos intercessores é buscar os interesses do Pai, a exemplo de Abraão que diz: “Não fará justiça o juiz de toda a terra?”. E se caminharmos através da Bíblia veremos em Gn 20,3-7 e Gn 20,17 como Abraão se colocou como intercessor e poderemos, espelhados nele, fazer crescer o nosso ministério. É no livro do êxodo onde vamos encontrar o verdadeiro ministério de intercessão na pessoa carismática de Moisés. Moisés é o amigo íntimo de Deus. Trazia em si a fundamental característica do intercessor, que é esta intimidade. Ele encarna em si todas as característica que são natas, essenciais e vitais ao intercessor. Moisés é conhecido por argumentar diante de Deus em favor de seu povo, porque amava a Deus e conhecia o seu amor. Moisés acalmava o coração ferido de Deus e por isso confortava-lhe. Em Ex 32,33 e 34 é que vamos encontrar o ponto alto onde todas as características que mencionamos acima vão se evidenciar.
Como fez com Abraão, o Senhor confidencia a Moisés, pois esta é a sua maneira de conversar com os intercessores.
Quando Deus compartilha as dores de seu coração com seu escolhido (o intercessor), o que este pode fazer é transbordar o seu amor pelo Pai e, através da adoração, consolá-lo. Esta é a plenitude do relacionamento carismático do intercessor com Deus. E é neste relacionamento que o intercessor vai aplacar o coração ferido de Deus.
Em Ex 32,1-14 vamos presenciar o episódio onde Moisés, no Monte Sinai, se encontra com Deus. Devido a insegurança do deserto e a sua própria fraqueza carnal, o povo já não vê Moisés, nem a imagem de Deus que ele transmitia para aquele povo tão frágil. Por causa disso, o povo constrói um bezerro de ouro, o proclama Deus e o adora. O coração de Deus ficou em profunda ferida. O seu povo amado estava em adultério e o havia abandonado. E é neste momento que o Senhor fala com Moisés, que nada sabia do que estava acontecendo, e diz: “Vai, desce, porque o teu povo, que fizeste sair da terra do Egito, perverteu-se. Depressa se desviou do caminho que eu lhes havia ordenado… Tenho visto a este povo: é um povo de dura cerviz. Agora, pois, deixa-me para que se acenda contra eles a minha ira e eu os consuma e farei de ti uma grande nação. Moisés, porém, suplicou a Iahweh seu Deus e disse: Por que, ó Iahweh, se acende a tua ira contra teu povo, que fizeste sair do Egito?… Por que os egípcios haveriam de dizer: Ele os fez sair com engano?… Abranda o furor da tua ira e renuncia ao castigo com o qual havia ameaçado o povo”.
É incrível vermos num texto, de maneira tão certa, a concretização de tudo quanto nos inspira o Espírito Santo a falar acerca do intercessor. É maravilhoso vermos o poder de Deus agindo tão fortemente através da oração de intercessão. Ainda podemos aprofundar a nossa compreensão sobre ministério de intercessão em textos como Ex 32,30-35; Ex 33,13-17 e Ex 34,8-10, e meditando com eles o Senhor nos levará ao entendimento profundo da intimidade dele com o intercessor.
No livro do profeta Isaías, nós encontramos textos que nos farão compreender profundamente o ministério de intercessão. Em Is 62,6 vemos: “Sobre os teus muros, ó Jerusalém, postei guardas; eles não se calarão nem de dia, nem de noite”. Vemos neste texto que é um desejo do coração de Deus, e mais que um desejo é uma promessa, que não faltará aos seus escolhidos (pessoas e obras), intercessores, sentinelas que jamais se calarão. São esses os intercessores que o Senhor deseja, homens que não descansem e nem dêem a Ele descanso “até que se estabeleça Jerusalém”.
É uma outra característica forte do intercessor. Ele não desiste facilmente e se apóia firmemente nas promessas do próprio Deus, naquilo que Ele próprio prometera.
No livro do profeta Ezequiel, o Senhor se queixa e o seu coração se encontra muito triste por não ter encontrado um só intercessor, como vemos: “Busquei entre eles um homem que tapasse o muro e se colocasse na brecha perante mim a favor desta terra, para que eu não a destruísse; mas a ninguém, achei”.
Por isso se faz urgente em nossos grupos, comunidades, etc, que surjam intercessores para tapar as brechas do que são os pecados e as fraquezas de seu povo. Não são os grupos, as comunidades que clamam por intercessores, mas é Deus quem os procura, ansiosamente. É ele quem os quer, quem os deseja.
Para você que lê este artigo, no seu grupo, na sua comunidade, você não pode mais deixar o Senhor esperar. Forme, anime o ministério de intercessão e a voz do Senhor se fará ouvir com muito maior constância e as coisas caminharão com maior liberdade.
No novo testamento vemos como São Paulo, quando escreve aos efésios, exorta-os a intensificar o ministério de intercessão, isto é, fazê-lo crescer, quando diz: “Intensificai as vossas invocações e súplicas. Orai em toda circunstância, pelo Espírito, no qual perseverai em intensa vigília de súplica por todos os cristãos”. (Ef 6,18). Também repete a mesma coisa aos Filipenses quando diz: “Não vos inquieteis com nada! Em todas as circunstâncias apresentai a Deus as vossas preocupações, mediante a oração, as súplicas e a ação de graça” (Fl 4,6). Paulo, ainda, confiando no ministério de intercessão dos colossenses, anima-os e pede a intercessão por ele: “Sede perseverantes, sede vigilantes na oração, acompanhada de ações de graça. Orai também por nós. Pedi a Deus que dê livre curso à nossa Palavra para que possamos anunciar o ministério de Cristo” (Col 4,2-3).
Certamente Paulo era bem conhecedor daquele trecho da profecia de Ezequiel que anteriormente meditamos com ele. E vendo a necessidade, e sabendo como Deus procura as sentinelas, os intercessores, era que ele exortava as comunidades às comunidades a terem firme e perseverante este ministério, que seria para ele sustentáculo, alicerce em relação a vontade de Deus.
Ainda falando dos intercessores vemos através do livro do Apocalipse que eles terão a função importantíssima na vida dos salvos: “Adiantou-se um outro e pôs-se junto do altar, com um turíbulo de ouro na mão. Foram-lhes dados muitos perfumes para que os oferecesse com as orações de todos os santos no altar de ouro que está diante do trono. A fumaça dos perfumes subiu da mão do anjo junto com a oração dos santos, diante de Deus.”
A oração dos intercessores subirá ao trono de Deus, juntamente com a fumaça que sairá dos turíbulos que os anjos trarão na mão como sacrifício de agradável odor ao Senhor.
Nota-se que no livro do Apocalipse os intercessores são chamados de “santos” dando-nos a entender que os íntimos de Senhor são os santos, aqueles que se deixam encher pelo Espírito Santo e se santificar.
O MINISTÉRIO INTERCESSOR DE JESUS
Jesus é o intercessor por excelência, aliás, Ele é “o intercessor”. É Ele que se coloca entre o céu e a terra na sua cruz como expiação pelos nossos pecados. É dele que São Paulo fala em Rm 8,34: “Quem condenará os escolhidos de Deus? Cristo Jesus, que morreu, melhor, que ressuscitou, que está a mão direita de Deus, é quem intercede por nós”.
É dele também que nos fala São João em I Jo 2,1 quando diz: “Filhinhos meus, isto vos escrevo para que não pequeis. Mas, se alguém pecar, temos um intercessor junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo. Ele é a expiação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo”.
E o próprio Jesus se apresenta aos discípulos como intercessor quando diz em Jo 14,12-14: “Em verdade, em verdade vos: aquele que crê em mim fará também as obras que faço, e fará ainda maiores que estas: porque eu vou para junto do Pai. E tudo o que pedirdes ao Pai em meu nome, vo-lo darei, para que o Pai seja glorificado no Filho. Qualquer coisa que pedirdes em meu nome, vo-lo darei”.
Então, de posse destas três passagens nós vamos entender que Jesus é o intercessor, nosso advogado de defesa diante do Pai. Jesus se oferece como vítima imolada diante do Pai para pagar nossos pecados.
Nós dirigimos nossos pedidos ao Pai, que olha para Jesus e por causa de Jesus, Ele nos concede o que estamos desejando.
É por Jesus, só por Jesus, que o Pai atende aos intercessores. É Jesus quem fica diante do Pai a interceder por nossos pecados. A Ele, nada o Pai pode negar, pois, Ele todo já se deu ao Pai, para o resgate da humanidade.
É por isso que o pedido do intercessor deve ser feito ao Pai em nome de Jesus como nos manda a Sagrada Escritura em Jo 14,13; Jo 15,7; Jo 16,23-28.
MARIA, A INTERCESSORA:
Tomemos Jo 2,1-12.nesta passagem encontramos a narrativa das Bodas de Caná. Esta festa de casamento que aconteceu na cidade de Caná na Galiléia, teve as honrosas presenças de Jesus e Maria.
Maria, assumindo o seu papel de mãe da humanidade, assume nesta festa a sua total maternidade. Como toda e qualquer mãe, Maria se preocupa com aqueles seus filhos que anfitrionavam a festa pois o vinho deles havia acabado. Ela por si própria nada podia fazer. Porém ela se lembra que Deus a fizera bendita e que ela era agradável a Deus. Também ela se lembra que Jesus estava naquela festa. Nada mais há para fazer do que se dirigir a Jesus, pois tudo Ele pode e Maria bem sabia disso. Mas ela apenas comunica a Ele. A decisão final cabe a Jesus, pois Ele é que é Deus. Maria, porém, realiza um ato de fé, e se aproxima dos empregados dizendo-lhes que façam o que Ele mandar, pois a fé dela lhe dizia que Jesus ia se manifestar.
Maria, a grande mãe de Deus e nossa mãe, é aquela que, atenta às nossa necessidades, apresenta-as a Jesus, deixando para Ele a decisão de realizar ou não os prodígios, segundo a Sua vontade.
É essencial a nossa devoção filial à Virgem Maria. É algo que devemos estar sempre buscando aperfeiçoar porque sempre precisamos mais. Apresentemos a ela as nossas necessidades e tenhamos a certeza de que enquanto nós levamos os nossos pedidos em bandejas de latão, Maria leva os mesmos em suas bandejas de ouro. E porque é muito mais íntima do Senhor que nós, muito mais ela saberá como atingir o coração de seu amado Deus e de Seu amado Filho.
Como fez em Caná, Maria apresenta a Jesus nossas necessidades; e Jesus as apresenta ao Pai, que dispensar-nos-á as graças de acordo com a sua Vontade e os méritos de Jesus.
NOVE PASSOS PARA UMA INTERCESSÃO EFICAZ.
1. Que o coração esteja limpo diante de Deus, depois de ter dado tempo ao Espírito Santo de convencê-lo do pecado ainda não confessado. Sl 65,18: “Se intentasse no coração o mal, não me teria ouvido o Senhor.”
2. Reconheça que você não pode orar sem a orientação e o poder do Espírito Santo. Rm 8,26: “Outrossim, o Espírito vem em auxílio a nossa fraqueza, porque não sabemos o que devemos pedir, nem orar como convém, mas o Espírito mesmo intercede por nós com gemidos inefáveis.”
3. Renuncie as próprias idéias, desejos e preocupações por aquilo que se deve orar. Prov. 3,5: “Que teu coração deposite toda confiança no Senhor! Não te firmes em sua própria sabedoria”. Is 55,8: “Pois meus pensamentos não são os vossos, e o vosso modo de agir não são os meus, diz o Senhor”.
4. Peça a orientação do Espírito Santo, “buscai a plenitude do Espírito” (Ef 5,18 ) e agradeça-o pois “sem fé é impossível agradá-lo” (Heb 11,6).
5. Louve o Senhor agora, na fé, pelo ministério maravilhoso que Ele lhe concede.
6. Seja agressivo com o inimigo. Vá contra Ele com o poderoso nome de Jesus e com a “espada do Espírito”, que é a Palavra de Deus. Tg 4,7: “Sede submissos a Deus. Resisti ao demônio e ele fugirá para longe de vós.”
7. Espere, em silêncio expectante na obediência e na fé, que o Senhor lhe fale. Jo 10,27: “As minhas ovelhas ouvem a minha voz, eu as conheço e elas me seguem”.
8. Use a Sagrada Escritura para orientação e confirmação. Sl 118,105: “Vossa Palavra é um facho que ilumina meus passos. É uma luz em meu caminho”.
9. Quando terminarem as intercessões, louve e agradeça ao Senhor pelo que Ele fez lembrando-se de que “tudo é dele, por Ele e para Ele. A Ele a glória pelos séculos.” (Rm 11,36).
Fortalecei minha alma, preparando-a primeiro, ó Bem de todos os bens! Ó meu Jesus! Em seguida ordenai os meios de fazer eu alguma coisa por vós. Já não há quem suporte receber tanto sem nada pagar. Custe o que custar, Senhor, não permitais que me apresente diante de vós com as mãos tão vazias, pois o prêmio será de acordo com as obras. Eis aqui minha vida, eis aqui minha honra e minha vontade. Tudo já vos dei. Sou vosso. Disponde de mim como quiserdes.
O DOM DE LÍNGUAS E O MINISTÉRIO DE INTERCESSÃO.
“Outrossim, o Espírito vem em auxílio a nossa fraqueza, porque não sabemos o que devemos pedir, nem orar como convém, mas o Espírito mesmo intercede por nós com gemidos inefáveis, e Aquele que perscruta os corações sabe o que deseja o Espírito, que intercede pelos cristãos segundo a vontade de Deus”. (Rm 8,26-27)
O Espírito Santo que mora em nosso coração é fruto da plenitude do Amor que há entre o Pai e o Filho. E este Espírito que nos foi dado para nossa santificação vem auxiliar a nossa fraqueza. Quando a vontade de Deus parece obscura para nós, quando não entendemos os desígnios de Deus para a nossa vida, ou para a vida do irmão por quem intercedemos, podemos, com toda certeza, orar na língua do Espírito Santo e deixar que os “gemidos inefáveis” cheguem ao Trono de Deus, na certeza de que o Espírito só intercede dentro da vontade de Deus e jamais sairá dela.
Com isto, vimos que o dom das línguas, sinal que acompanha os discípulos de Jesus é o próprio Espírito orando em nós. O ministro de intercessão jamais poderá deixar de orar nesta língua, porque ele tem a certeza de que o Espírito Santo caminha muito além do que se pode perceber ou experimentar, pois Ele penetra até mesmo as profundezas de Deus. (I Cor 2,10).
CONCLUSÃO
Este artigo cumprirá o seu objetivo se as pessoas que o lerem o levarem os seus grupos ou comunidades que já têm o ministério de intercessão a se aprofundarem no estudo e na escuta do Senhor. E também, se os grupos que não têm o ministério de intercessão sentirem-se por ele motivados a iniciarem este ministério que está no coração de Deus, ansioso por atuarem em nosso meio.




A psicologia dos atentados por homens-bomba
Pierre Rehov é um cineasta francês que já tinha feito seis documentários sobre a intifada (rebelião) durante viagens ocultas a terras palestinas. Seu filme “Suicide Killers” [“Assassinos Suicidas”, lançado nos Estados Unidos no começo de 2006] é baseado em entrevistas com familiares de assassinos suicidas e com homens-bomba cujos atentados fracassaram, numa tentativa de descobrir os motivos que levam essas pessoas a cometer tal tipo de atentado. Após um debate na rede de TV americana MSNBC, Pierre Rehov aceitou responder algumas das minhas perguntas.
Pergunta: O que o inspirou a produzir “Suicide Killers”, seu sétimo filme?
Resposta: Eu comecei a trabalhar com vítimas de ataques suicidas para fazer um filme sobre PTSD (Perturbação Pós-traumática do Stress) e fiquei fascinado pela personalidade daquelas pessoas que perpetravam esse tipo de crime, considerando as descrições que as vítimas faziam repetidamente deles. Especialmente pelo fato de esses homens-bomba estarem sempre sorrindo um segundo antes de se explodirem.
– Por que esse filme é particularmente importante?
Mulher-bomba com seu filho.

– As pessoas não compreendem a cultura devastadora que se esconde por detrás desse fenômeno inacreditável. Meu filme não é politicamente correto, pois ele aborda o problema real: mostra a verdadeira face do Islã. Ele mostra e acusa uma cultura de ódio, na qual pessoas sem qualquer educação sofrem uma lavagem cerebral de tal ordem que sua única solução na vida passa a ser matar a si mesmos e a outros em nome de Alá, cuja palavra, segundo lhes disseram outros homens, tornou-se sua única segurança.
– Que tipo de percepção íntima você adquiriu a partir do filme? O que você sabe agora que outros especialistas não sabem?
– Eu cheguei à conclusão de que estamos vivendo uma neurose ao nível de uma civilização inteira... Nesse caso, estamos falando de crianças e jovens que vivem suas vidas em pura frustração... Como o Islã descreve o céu como um lugar onde tudo será finalmente permitido – e promete 72 virgens a esses garotos frustrados – matar outras pessoas e matar a si mesmos para alcançar a redenção torna-se a única solução.
– Como foi a experiência de entrevistar os homens-bomba frustrados em seus ataques, os seus familiares e as vítimas sobreviventes dos atentados?
Foi uma experiência fascinante e aterradora ao mesmo tempo. Você está lidando com pessoas aparentemente normais, de muito boas maneiras, com sua lógica própria e que, até certo ponto, pode fazer sentido – já que elas estão convencidas de que o que dizem é verdade. É como lidar com a simples loucura, entrevistando pessoas num sanatório: o que elas dizem é, para elas, a mais absoluta verdade. Eu ouvi uma mãe dizendo: “Graças a Alá, meu filho está morto”. Seu filho havia se tornado um shahid(mártir), o que para ela era uma fonte de orgulho maior do que se ele tivesse se tornado um engenheiro, um médico ou um ganhador do Prêmio Nobel. Esse sistema de valores é completamente invertido, sua interpretação do Islã valoriza a morte muito mais do que a vida. Você está lidando com pessoas cujo único sonho, cujo único objetivo é realizar aquilo que elas acreditam ser seu destino: ser um shahid ou parente de um shahid. Eles não vêem as pessoas inocentes que são assassinadas, eles enxergam apenas os “impuros” que têm de destruir.
–Você disse [no debate anterior na MSNBC] que os homens-bomba experimentam um momento de poder absoluto, acima de qualquer punição. Seria a morte o poder supremo?
– Não a morte como um fim, mas como uma passagem para o “além-vida”. Eles buscam a recompensa que Alá lhes prometeu. Eles trabalham para Alá, a autoridade máxima, acima de toda e qualquer lei dos homens. Assim, eles experimentam esse momento único e ilusório de poder absoluto, em que nada de mau pode atingi-los pois eles se tornaram a espada de Alá.
Foto de meninos vestidos como combatentes no “Festival da Criança Palestina” no Iêmen (publicada no site do Hamas).

– Existe um perfil típico da personalidade de um homem-bomba? Descreva essa psicopatologia.
– A maioria são jovens entre 15 e 25 anos que carregam inúmeros complexos, geralmente complexos de inferioridade. Eles certamente foram doutrinados religiosamente. Geralmente não têm uma personalidade bem desenvolvida. São usualmente idealistas bastante impressionáveis. No mundo ocidental, eles facilmente se tornariam viciados em drogas – mas não criminosos. É interessante, eles não são criminosos porque eles não enxergam o bom e o mau como nós enxergamos. Se eles tivessem crescido na cultura ocidental, eles detestariam a violência. Mas eles batalham constantemente contra a ansiedade da própria morte. A única solução para essa patologia tão profundamente arraigada é querer morrer e ser recompensado numa vida após a morte, no paraíso.
– Os homens-bomba são motivados principalmente por convicção religiosa?
– Sim, esta é a única convicção que eles possuem. Eles não agem assim para conquistar um território, ou para encontrar liberdade, ou mesmo dignidade. Eles apenas seguem Alá, o juiz supremo, e aquilo que ele manda que façam.
– Todos os muçulmanos interpretam a jihad (guerra santa) e o martírio da mesma maneira?
Todos os muçulmanos religiosos acreditam que, no final, o Islã prevalecerá sobre a terra. Acreditam que a sua é a única religião verdadeira e não há qualquer espaço, em suas mentes, para interpretações. A principal diferença entre muçulmanos moderados e extremistas é que os moderados não acreditam que irão testemunhar a vitória absoluta do Islã durante o tempo de suas vidas e, assim, eles respeitam as crenças dos outros. Os extremistas acreditam que a realização da profecia do Islã e seu domínio sobre todo o mundo, como descrito no Corão, é para os nossos dias. Cada vitória de Bin Laden convence 20 milhões de muçulmanos moderados a se tornarem extremistas.
– Descreva-nos a cultura que forja os homens-bomba.
– Opressão, falta de liberdade, lavagem cerebral, miséria organizada, entrega a Alá do comando sobre a vida cotidiana, completa separação entre homens e mulheres, ...destituição de qualquer tipo de poder às mulheres e total encargo dos homens de zelar pela honra familiar, o que diz respeito principalmente ao comportamento de suas mulheres.
– Quais as forças sócio-econômicas que sustentam a perpetuação dos homens-bomba?
– A caridade muçulmana é geralmente um disfarce para a assistência a organizações terroristas. Mas deve-se observar igualmente que países como o Paquistão, a Arábia Saudita e o Irã, que também dão apoio às mesmas organizações, utilizam-se de métodos diferentes. O irônico, no caso dos terroristas suicidas palestinos, é que a maior parte do dinheiro chega através do apoio financeiro fornecido pelo mundo ocidental, doado a uma cultura que, no fim das contas, odeia e rechaça o Ocidente (simbolizado principalmente por Israel).
– Existe uma rede de incentivo financeiro para as famílias dos homens-bomba? Em caso positivo, quem faz os pagamentos e qual o peso desse incentivo sobre a decisão [de animar um filho a se tornar um assassino suicida]?
Homens-bomba suicidas posando com o Corão.

– Havia um incentivo financeiro à época de Saddam Hussein (US$ 25.000 por família) e Yasser Arafat (valores menores), mas isso já é passado. É um erro acreditar que essas famílias sacrificariam seus filhos por dinheiro. Entretanto, os próprios jovens, que são muito presos às suas famílias, costumam encontrar nessa ajuda financeira uma outra razão para se tornarem homens-bomba. É como comprar uma apólice de seguro e, depois, cometer suicídio.
– Por que tantos homens-bomba são jovens do sexo masculino?
– ...a sexualidade é fator soberano. Também o ego, pois esse é um caminho certo para se tornar um herói. Os shahid são os cowboys ou os bombeiros do Islã. Ser um shahid é um valor positivamente reforçado nessa cultura. E qual criança nunca sonhou ser um cowboy ou um bombeiro?
– Qual o papel desempenhado pela ONU nessa equação terrorista?
– A ONU está nas mãos dos países árabes, dos países do Terceiro Mundo ou de antigos regimes comunistas. É uma instituição de mãos atadas. A ONU já condenou Israel mais vezes do que qualquer outro país do mundo, incluindo os regimes de Fidel Casto, Idi Amin ou Kadafi. Agindo dessa forma, a ONU deixa sempre o caminho livre, já que não condena abertamente as organizações terroristas. Além disso, através da UNRWA [Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina] a ONU está diretamente conectada a organizações terroristas como o Hamas, que representa 65% de todo seu aparelhamento nos assim chamados campos de refugiados palestinos. Como forma de apoiar os países árabes, a ONU vem mantendo os palestinos nesses campos, na esperança do “retorno” a Israel, por mais de 50 anos – fazendo, assim, com que seja impossível assentar essa massa populacional que ainda vive em condições deploráveis. Quatrocentos milhões de dólares são gastos anualmente, subsidiados principalmente por impostos dos EUA, para sustentar 23.000 funcionários da UNRWA, muitos dos quais sabidamente pertencem a organizações terroristas (sobre esse assunto, consulte o meu filme “Hostages of Hatred” [Reféns do Ódio]).
– Você disse anteriormente que um homem-bomba é, simultaneamente, uma “bomba estúpida” e uma “bomba inteligente”. Pode explicar o que isso significa?
– Diferentemente de um artefato eletrônico, um homem-bomba tem, até o último segundo, a capacidade de mudar de idéia. Na verdade, ele é nada mais que uma plataforma política representando interesses alheios a si mesmo – ele apenas não se dá conta disso.
Como podemos dar um fim na perversidade desses ataques suicidas e do terrorismo em geral? Parando de ser politicamente corretos e parando de acreditar que essa cultura é uma vítima da nossa. O islamismo radical hoje é simplesmente uma nova forma de nazismo. Ninguém tentava justificar ou desculpar Hitler na década de 1930. Nós tivemos que destruí-lo para que fosse possível a paz com o povo alemão.
– Esses homens têm viajado em grande número para fora de suas regiões nativas? Com base em sua pesquisa, você diria que estamos começando a assistir a uma nova onde de ataques suicidas fora do Oriente Médio?
– Cada novo ataque terrorista bem sucedido é considerado uma vitória pelos radicais do Islã. Em todos os lugares para onde o Islã se expande há conflitos regionais. Agora mesmo há milhares de candidatos ao martírio fazendo fila nos campos de treinamento da Bósnia, do Afeganistão, do Paquistão. Dentro da Europa, centenas de mesquitas ilegais preparam o próximo passo da lavagem cerebral em jovens rapazes perdidos, que não conseguem encontrar uma identidade satisfatória no mundo ocidental. Israel está muito melhor preparado para lidar com essa situação do que o resto do mundo jamais estará. Sim, haverá mais ataques suicidas na Europa e nos EUA. Infelizmente, isso é apenas o começo.

Ano novo, projetos novos!
Peter Malgo
"Ano novo, projetos novos!" Recentemente um conhecido decidiu: "Vou mudar, quero sair daqui, quero ir para uma casa nova, para outro ambiente". Seu objetivo era encontrar uma moradia bonita, espaçosa, que atendesse suas necessidades. E ele a encontrou. Mas antes de mudar era necessário combinar e acertar alguns detalhes com o proprietário da casa: as paredes precisavam ser pintadas, o piso deveria ser lixado e uma janela precisava ser aberta na parte superior para permitir a entrada de mais luz.
Qualquer que seja a nossa situação, no fundo somos todos iguais nesse sentido. Poucos de nós se satisfazem em ter apenas "um teto sobre a cabeça". Até os nossos obreiros no interior da Bolívia, onde quase não se pode falar em "morar bem", procuram fazer o melhor com os materiais de construção que têm à disposição.
Mas como está a habitação da qual nosso Senhor Jesus disse: "...viremos para ele e faremos nele morada" (Jo 14.23)? Parece que muitas vezes isso pouco nos preocupa. Porém, ser cristão significa levar a sério a nossa responsabilidade como donos da casa onde o Senhor quer morar. No momento em que entregamos nossa vida ao Senhor Jesus, Ele recebeu a chave do nosso coração, que é a morada onde Ele quer entrar. Mas o problema é que Ele não pode entrar quando ali ainda há áreas escuras, cantos onde vivem moradores clandestinos. Possivelmente nenhuma outra pessoa saiba disso. Olhando de fora, a moradia parece estar intacta. A fachada cristã está em ordem. Mas o Senhor entrou de fato?
Está mais do que na hora de despejar os antigos moradores do nosso coração e permitir que se faça uma limpeza da nossa casa interior. Também a janela na parte superior não deve faltar. Deveríamos permitir a entrada de luz do alto. Imagine o que significa nosso Senhor chegando, parando diante da porta do nosso coração e dizendo: "Quero entrar agora!" E Ele não vem sozinho, pois disse: "Meu Pai o amará, e viremos para ele e faremos nele morada." Na mesma passagem Ele também fala do Seu Espírito: "O Espírito da verdade... habita convosco e estará em vós" (v. 17). Nosso Senhor em pessoa, a plenitude da Divindade, quer entrar em nós! São palavras muito sérias as que o apóstolo Paulo disse aos coríntios, mas também a nós, através da sua epístola: "Não sabeis que sois santuário de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós? Se alguém destruir o santuário de Deus, Deus o destruirá; porque o santuário de Deus, que sois vós, é sagrado" (1 Co 3.16-17). Nossa responsabilidade em relação ao nosso coração, que nos foi transmitida quando decidimos tornar-nos cristãos, é muito maior do que a de uma pessoa que ainda está longe de Deus. Aquele que entregou a chave do seu coração a Deus, que se decidiu por Jesus Cristo, é responsável pelo estado do próprio coração, para que Jesus possa de fato habitar ali. Como está a situação do nosso coração? Ainda existe sujeira escondida, ainda guardamos pensamentos obscuros? Está mais do que na hora de colocar em ordem nosso coração diante de Deus! Vamos fazer um novo começo neste novo ano! (Peter Malgo)



 ------------------------------------------------------------

O Homem Que é Deus


O Homem: No Natal surgiu em meio à história mundial um homem totalmente integrado nela, mas em muito superior a ela: Jesus Cristo. Ele é inteiramente diferente, singular. Movimentou o mundo como ninguém antes ou depois dEle. A Encyclopaedia Britannica utiliza 20.000 palavras para descrever a pessoa de Jesus. Sua descrição ocupa mais espaço que as biografias de Aristóteles, Cícero, Alexandre Magno, Júlio César, Buda, Confúcio, Maomé ou Napoleão Bonaparte. O homem Jesus tornou-se o maior tema da história mundial. Sobre nenhum outro se escreveu mais do que sobre Ele. A respeito de ninguém se discutiu tanto quanto sobre Jesus. Ninguém foi mais odiado, mas também mais amado; combatido, mas também mais louvado. Sobre nenhum outro foram feitas tantas obras de arte, hinos, poemas, discursos, e compêndios do que sobre Cristo. Diante dEle dividem-se as opiniões – uns gostariam de amaldiçoá-lO, outros testemunham que sua vida foi radicalmente mudada por Jesus e enchida de esperança. Não é possível imaginar a história humana sem Jesus. Na época do Natal, milhões comemoram Seu nascimento consciente ou inconscientemente. Na Páscoa, lembra-se da Sua morte e ressurreição; na Ascensão, da Sua volta para Deus; e no dia de Pentecostes do nascimento da igreja que leva Seu nome, a igreja cristã. – Será que Ele é mais que um homem
O Deus-Homem: A Bíblia diz que Cristo é, ao mesmo tempo e literalmente, verdadeiro Deus e verdadeiro homem. Lemos em 1 Timóteo 3.16: “Evidentemente, grande é o mistério da piedade: Aquele [Deus] que foi manifestado na carne...” E em 2 Coríntios 5.19 está escrito: “a saber, que Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo...” A vida terrena de Jesus nos mostra que Ele foi ao mesmo tempo verdadeiro homem, mas continuou também verdadeiro Deus. Percebemos muitos contrastes em Sua vida, tanto provas da Sua inteira humanidade, como da Sua perfeita divindade. Por exemplo, Ele sentia cansaço, mas ao mesmo tempo podia chamar para Si os cansados e dar-lhes a paz (João 4.6; Mateus 11.28). Jesus teve fome, mas era o próprio pão da vida (Mateus 4.2; João 6.35). Cristo teve sede, sendo ao mesmo tempo a água viva (João 19.28; João 7.37). Ele enfrentou a agonia da morte, mas curou todos os tipos de doenças e aliviou qualquer dor. Jesus foi tentado pelo diabo, mas expulsou demônios (Lucas 4.2; Mateus 8.31). Ele vivia no tempo e no espaço, mas era desde a eternidade (João 8.58). Jesus disse: “...o Pai é maior do que eu”, e também: “Eu e o Pai somos um”, ou: “Quem me vê a mim vê o Pai” (João 14.28; João 10.30; João 14.9). Ele mesmo orava, como também respondia às orações (Lucas 6.12; Atos 10.31). Ele derramou lágrimas junto à sepultura de Lázaro, mas tinha o poder para ressuscitá-lo (João 11.35,43). Ele morreu, mas é a vida eterna – Jesus é o homem perfeito de Deus e o Deus perfeito dos homens.
Por que Deus tornou-se Homem? Ele veio para revelar Deus a nós. Em Jesus Cristo, Deus se manifestou da forma mais clara. Ele é a prova de que Deus não se afasta do pecador, mas se volta para ele e ama todos os homens. Jesus veio para convencer este mundo de sua pecaminosidade e necessidade de redenção. Ele veio para morrer, como homem sem pecado, pelo pecado dos homens, para se entregar como sacrifício por eles, por uma humanidade que tinha caído através do primeiro homem, Adão. Agora, os homens podem ser salvos por Ele. Por isso, Jesus é chamado também de “último Adão” (1 Coríntios 15.45). Ele veio para destruir as obras do diabo, para tirar o poder da morte e para vencer o pecado. Tornar-se homem em Jesus foi a única possibilidade de Deus resgatar um mundo perdido: “Porquanto Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que julgasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele” (João 3.17).
Ele voltará: Jesus voltará como era (Atos 1.11). Do modo como foi e subiu ao céu, no mesmo corpo, mas glorificado, Ele retornará. Jesus, o homem que é Deus, o filho de Maria, a criancinha de Belém, o jovem de Nazaré, o Mestre da Judéia que curava, o homem do Calvário, voltará como Rei da glória e como Senhor dos senhores.
Muitos homens, conquistadores, reis e ditadores, já quiseram ser deuses, mas todos fizeram o sangue de homens ser derramado por eles. O imperador romano Augusto (sublime), que conhecemos da história do Natal, fazia-se chamar de “kyrios” (senhor) e até de “soter” (salvador). Mas o Deus que se tornou homem deu Seu sangue por este mundo. Por isso, somente Ele é o Salvador, que diz também a você: “...quem crê no Filho tem a vida eterna...” (João 3.36). No homem perfeito Jesus, Deus torna perfeito a todo que O aceita em seu coração – você crê nEle. (http://www.ajesus.com.br)





Tipologia Bíblica
O apóstolo Paulo escreve em 1 Coríntios 10.6: “...e estas foram-nos feitas em figura...”. A palavra grega tupos, aqui traduzida por “figura”, tem o sentido de “padrão”, “ilustração”, “exemplo” ou “tipo”. Em 1 Coríntios 10.11, Paulo observa: “Ora, tudo isto lhes sobreveio como figuras, e estão escritas para aviso nosso...”. O quê? Neste caso, Paulo se refere a eventos relacionados ao êxodo no Antigo Testamento. Assim, um tipo é um padrão bíblico, ou uma ilustração bíblica, normalmente extraído do Antigo Testamento, que assume a forma de padrões relacionados a pessoas, acontecimentos ou coisas.
Hebreus 8.5 nos diz que o Tabernáculo foi construído a partir de um padrão celestial que fora mostrado a Moisés no monte Sinai: “Atenta, pois, que o faças conforme o Seu modelo, que te foi mostrado no monte” (Êx 25.40). Estêvão observou em seu sermão: “Estava entre nossos pais no deserto o tabernáculo do testemunho, como ordenara aquele que disse a Moisés que o fizesse segundo o modelo que tinha visto” (At 7.44). O Tabernáculo e, mais tarde, o Templo são tipos que se tornam padrões que revelam elementos-chave do plano divino de salvação.
Hebreus 8.5 nos diz que o Tabernáculo foi construído a partir de um padrão celestial que fora mostrado a Moisés no monte Sinai:“Atenta, pois, que o faças conforme o Seu modelo, que te foi mostrado no monte” (Êx 25.40).
Muitos exemplos de como padrões em vidas de indivíduos fornecem um tipo podem ser vistos nas experiências de personagens da história antiga do Antigo Testamento, como Abraão, Isaque e José. Em Gênesis 22, o padrão do sacrifício de Isaque por Abraão prefigura muitos eventos que espelham a morte e a ressurreição de Jesus. O Senhor disse a Abraão: “...Toma agora o teu filho, o teu único filho, Isaque, a quem amas, e vai-te à terra de Moriá (...) sobre uma das montanhas...” (Gn 22.2).Este versículo oferece um paralelo à entrega que Deus, o Pai, fez de Jesus, Seu Filho unigênito. Acredita-se que o monte na terra de Moriá seja a mesma colina em Jerusalém em que o Templo veio a ser construído e onde Israel ofereceu seus sacrifícios. O ministério de Jesus esteve bastante ligado àquela área. Isaque foi um sacrifício voluntário (Gn 22.5-9), tal como Jesus. A disposição de Abraão em sacrificar Isaque e a eventual provisão de um cordeiro (Gn 22.9-14) retratam o sacrifício e a provisão que Cristo fez definitivamente por nosso pecado.
Certos acontecimentos na vida de José são um tipo e uma prefiguração do relacionamento entre Israel e seu Messias. José revela a seus irmãos um sonho que o apresenta como autoridade sobre eles (Gn 37.5-9). José é rejeitado por seus irmãos (Gn 37.10,11), que planejam matá-lo (Gn 37.18-20), mas acabam vendendo-o como escravo (Gn 37.25-27). Isso retrata a morte, o sepultamento e a ressurreição de Jesus Cristo. Enquanto isso, sem que Jacó, seu pai, nada soubesse, José subira a uma posição de grande poder e influência sobre as nações pagãs por causa dos acontecimentos ligados a uma grande fome (Gn 41). Seus irmãos descem ao Egito em busca de alimento fornecido pelos gentios, e nessa ocasião José misericordiosamente se dá a conhecer a seus irmãos e restaura o relacionamento rompido (Gn 42-45). Esses eventos retratam a conversão escatológica de Israel a Jesus como seu Messias durante a Tribulação, a qual resultará nas bênçãos milenares para Israel (Gn 46).
Há muitos tipos possíveis na Bíblia. No entanto, um evento ou conceito bíblico só pode ser estabelecido como um tipo depois que o texto foi interpretado historicamente e o padrão dos eventos determinado. Conotações tipológicas não podem ser usadas como a primeira abordagem interpretativa de qualquer passagem. A tipologia adequada só pode ser estabelecida após o fato, numa visão retrospectiva, comparando-se os padrões dos acontecimentos históricos ao plano divino para a história, passada e futura. (Thomas ice -http://www.chamada.com.br).

Um comentário:

  1. Paz do Senhor,parabéns pelo rico conteúdo doutrinário e teológico no tema:Antes do último dilúvio.

    ResponderExcluir