Uma mulher foi condenada à morte no Sudão por apostasia ao islamismo depois que se casou com um cristão e engravidou.
Um tribunal estadual no norte do país, que tem maioria muçulmana e é regido pela lei islâmica, sharia, condenou a gestante de oito meses à morte. Maryam Yahya Ibrahim casou-se com um cristão no país vizinho, Sudão do Sul.
A Anistia Internacional afirmou que ela havia sido criada como uma cristã ortodoxa, assim como sua mãe. No entanto, as autoridades sudanesas a consideram muçulmana, porque essa é a fé professada por seu pai, mesmo ele sendo ausente na infância de Maryam.
A Anistia enviou comunicado às autoridades sudanesas exigindo a libertação da mulher, porém o magistrado do tribunal rebateu o pedido dizendo que a mulher seria chicoteada antes do enforcamento, caso não se declarasse muçulmana.
“Damos três dias para ela se retratar, mas caso insista em não voltar ao islamismo, estará condenada à morte por enforcamento”, afirmou o juiz. Declarar-se muçulmana resultaria na anulação do casamento, pois a união com não-muçulmanos é proibida no islamismo.
Segundo o Protestante Digital, embaixadores de vários países e ativistas de Direitos Humanos no Sudão exortaram o governo a respeitar o direito da mulher de escolher sua própria fé, e a imprensa local tem noticiado que há a possibilidade de “misericórdia” por parte das autoridades, que poderiam protelar a execução até o bebê completar dois anos de vida.
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