Nos primeiros anos do cristianismo a maioria dos cristãos eram judeus convertidos, que ainda frequentavam sinagogas. De acordo com historiadores, esta situação só mudou por volta do ano 70, após a destruição do templo de Jerusalém.
A cidade de Magdala tem algumas características únicas, sendo um dos melhores sítios arqueológicos preservados em Israel. No ano de 67, a cidade foi sitiada pelos romanos sob o general Tito, que a tomou depois de uma batalha sangrenta, e três anos mais tarde, invadiu Jerusalém em uma batalha que causou a destruição do Templo de Salomão.
As escavações na região de Magdala são lideradas pelas arqueólogas Dina Avshalom-Gorni e Arfan Najar, ambas da Autoridade de Antiguidades de Israel, e por Marcela Zapata, da Universidad Anahuac del Sur, Cidade do México.
As novas escavações revelaram que as ruínas deste lugar era um lugar de adoração. É a mais antiga sinagoga da Galileia, uma dos poucas no país que remonta ao primeiro século da era cristã. As descobertas foram feitas durante escavações feitas no local como medida de precaução antes de iniciar o projeto de construção do “Magdala Center”, local financiado pela instituição católica dos Legionários de Cristo, que irá funcionar como uma igreja, hotel para peregrinos e um museu, com ênfase sobre as mulheres da Bíblia.
As ruínas mostram que o local era uma pequena sala de 11 x 11 metros, que podia reunir 100 pessoas. Constatou-se vários painéis e até mesmo uma moeda rara datada de 29 dC, além de uma mesa de pedra pequena, com quatro pernas e uma série de relevos, incluindo uma menorah [candelabro com sete braços]. Este é o primeiro registro de um menorah encontrado nos arredores de Jerusalém.
- É provável que as pessoas que usaram esta sinagoga testemunharam a multiplicação dos pães e outros milagres descritos nos quatro Evangelhos – diz o vídeo promocional publicado no MagdalaCenter.com.
A arqueóloga Dina Gorni afirma que “o achado foi um milagre”.
- Esta é a primeira sinagoga do século, lindamente decorada com obras de arte e com um altar não se encontra em qualquer outra sinagoga da época. Do ponto de vista cristão, não podemos duvidar de que Jesus esteve lá há por algum tempo. As primeiras comunidades cristãs se reuniram nas sinagogas – argumenta Gorni.
Esta descoberta arqueológica é de grande interesse para o mundo judeu, como evidenciado pelas duas visitas de Shuka Dorfmann, diretor da Autoridade de Antiguidades de Israel, que, segundo do Noticias Cristiana, descreveu a descoberta como extraordinária, única e deve ser estudada em toda a sua profundidade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário