Estamos a poucos dias do Carnaval, festa conhecida como sinônimo de liberalidade, em que parece não haver limites para a descontração, em que muitos foliões se despem de preocupações cotidianas e procuram viver a fantasia de ser e fazer tudo aquilo que normalmente não é permitido ou tolerado.
Diante do Carnaval há vários tipos de opiniões e manifestações: há pessoas que ficam escandalizadas com tanta falta senso de responsabilidade e por isso procuram ficar alheias a tudo o que se relaciona ao Carnaval; há outras que simplesmente ficam indiferentes ou assistem a tudo pela televisão como meros expectadores; há quem condene com total veemência o Carnaval, como símbolo de depravação e evidência da perdição das pessoas que tomam parte nesta festa, então optam por participar de retiros de espiritualidade, onde, através de palestras, orações, cantos e comunhão, procuram um crescimento na fé; há, ainda, aquelas pessoas que adoram o Carnaval e esperam ansiosos por sua chegada, quando terão a oportunidade de viver muitas de suas fantasias ou coisas que normalmente não se sentem encorajadas a fazer. Como cristãos, vale a pena perguntar: qual é a melhor postura diante do Carnaval? Dá para conviver com ele, tomar parte em certa medida ou o melhor é empenhar-se por combatê-lo?
Embora esta festa possa ter tido em suas origens ou ao longo de sua história um caráter religioso, o que não se pode negar é que atualmente o Carnaval é marcado por muita descontração, mas também por muitos abusos, geralmente relacionados ao uso um tanto irresponsável do próprio corpo, por exemplo: no consumo exagerado de bebida alcoólica, no relacionamento íntimo e inconseqüente entre pessoas totalmente desconhecidas, no desgaste físico decorrente de vários dias e noites seguidas de folia, praticamente sem dormir e, ainda, de muitas outras formas.
O que não podemos perder de vista é que, como cristãos, somos chamados a ser bons administradores de tudo o que recebemos de Deus: vida, saúde, inteligência, criatividade, alegria, disposição, trabalho, bens, amigos, família ... Se reconhecemos que tudo o que temos e somos é graças a Deus, isso também deve se refletir na nossa responsabilidade para com tais bens.
A dica do apóstolo Paulo, encontrada no versículo que orienta nossa reflexão serve bem como guia para nossas decisões e atitudes: "Posso fazer tudo o que quero. Sim, mas nem tudo me convém. Posso fazer tudo o que quero, mas não deixarei que nada me escravize."(1Co 6.12) É desejo de Deus que sejamos livres e não escravos, por isso, desejo que todos recebamos, pelo Espírito Santo, sabedoria suficiente para vivermos nossa liberdade cristã, sem nos tornarmos justamente escravos dela.
Que Deus abençoe você!
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